sábado, 31 de março de 2012

ESPIRITISMO NÃO É UMBANDA II

Diferenças entre o espiritismo e a umbanda Diz-se, com freqüência, que Umbanda e Espiritismo são a mesma coisa, com uma ou outra variante. Os que assim pensam não refletiram o suficiente sobre os fundamentos de cada doutrina. Uma análise mais acurada nos mostrará que há, entre essas duas correntes espiritualistas, pontos concordantes e discordantes. Vejamos as opiniões concordantes: A Umbanda é espiritualista; o Espiritismo também o é. A Umbanda rende culto a Deus; o Espiritismo também. Nas práticas de Umbanda ocorrem fenômenos mediúnicos; no Espiritismo também. A Umbanda aceita a reencarnação; o Espiritismo também. Na Umbanda se faz caridade; no Espiritismo também. Vejamos os pontos discordantes: O Espiritismo NÃO tem culto material; a Umbanda TEM. O Espiritismo NÃO prescreve qualquer forma de paramento nem comporta o formalismo de funções sacerdotais; a Umbanda TEM "pais" de terreiro com vestimenta e prerrogativas equivalentes ao exercício de funções sacerdotais. O Espiritismo NÃO admite uso de imagens; a Umbanda TEM imagens e altares. O Espiritismo NÃO têm sinais cabalísticos nem símbolos; a Umbanda TEM sinais, "pontos riscados" etc. O Espiritismo rege-se por um corpo de doutrina homogênea, codificada por Allan Kardec; A Umbanda NÃO se rege pela doutrina codificada por Allan Kardec. O professor J. H. Pires, no capítulo VI - O Mediunismo - de seu livro Mediunidade trata a Umbanda como uma forma de mediunismo. A sua explicação baseia-se na noção de que mediunismo - definição dada pelo Espírito Emmanuel - designa as formas primitivas de Mediunidade. Assim, ele discorre sobre a construção racional da Mediunidade através dos ensinamentos de Allan Kardec. A Umbanda, sendo apenas a prática do fenômeno mediúnico, não consegue abarcar o grau de positivação alcançado pela Doutrina dos Espíritos. Esta é a grande diferença. Fonte: AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, publicado pelo C. E. Léon Denis. PIRES, José Herculano. Mediunidade: Vida e Comunicação, publicado pela Edicel. Texto extraído do site do Centro Espírita Ismael: http://www.ceismael.com.br/tema/umbanda-e-espiritismo.htm Núcleo Espírita Assistencial "Paz e Amor" Rua Muniz de Souza, 72 - Cambuci - 01534-001 - São Paulo - SP CNPJ 46.515.862/0001-58

A CASA ESPÍRITA E SUAS FINALIDADES CRISTÃS

Algumas observações importantes na avaliação de uma casa espírita Toda Casa Espírita que busca o aprimoramento íntimo de seus freqüentadores, deve promover o estudo e a explanação da Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto: científico, filosófico e religioso, consubstanciada na Codificação Kardequiana e nos ensinamentos do amado Mestre Jesus. Portanto, para que esteja em consonância com esses ensinamentos, deve ainda: Zelar para que as atividades exercidas em função do Movimento Espírita SEJAM GRATUITAS, vedada qualquer espécie de remuneração; Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou venda de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefícios. A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo o custo; Evitar enfeites excessivos, jogos de luz e uso, pelos colaboradores, de paramentos e uniformes; Desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza nas sessões, assegurando a pureza e a simplicidade da prática do Espiritismo; Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos. Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé em todas as civilizações terrenas; Banir dos templos espíritas as cerimônias que, em nome da Doutrina, visem à consagração de esponsais ou nascimentos e outras práticas estranhas à Doutrina, tais como velórios e encomendações, colações de grau etc; Impedir a comunicação de enfermo espiritual, que só deverá ocorrer em reunião privativa e destinada a esse fim; Não permitir, nas reuniões do Centro, ataques ou censuras a outras religiões; Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial; Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos; Não permitir o uso do fumo, álcool e demais compostos químicos nas dependências do Centro Espírita.

ESPIRITISMO E SEXO

ESPIRITISMO E SEXO - Como o espiritismo ve o ato sexual entre um homen e uma mulher?Qual a relacao do ato sexual com a espiritualidade? O Espírito Emmanuel elucida, com sabedoria, que, em torno do tema sexo, "será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um." Todos nós trazemos os temas particulares com referência ao sexo. Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, nos revelamos, no Plano Físico, pelas tendências que registramos nos recessos do ser. Cada pessoa se distingue por determinadas peculiaridades no mundo emotivo. O sexo se define desse modo, por atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle. Não tem lógica subtrair as manifestações sexuais dos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, ou deslocá-las de sua posição venerável a garantir-lhes a libertação. Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuação das espécies, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, em face das potencialidades criativas de que se reveste. Nos seres primitivos, situados nos primeiros degraus da emoção e do raciocínio, e, ainda, em todas as criaturas que se demoram, voluntariamente, no nível dos brutos, a descarga de semelhante energia se opera por automatismo orgânico inconsciente. Isso, porém, custam-lhes efeitos angustiantes a lhes lastrearem longos e penosos períodos de expiação, presos a existências menos felizes, nas quais, pouco a pouco, a vida lhes ensina que ninguém abusa de alguém sem carrear prejuízo a si mesmo. Na medida em que a individualidade evolui, passa a compreender que o sexo requer o impositivo do discernimento e responsabilidade em sua aplicação, e que, por isso mesmo, deve ser controlado por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, seja artística, cultural, comportamental, propiciando a elevação espiritual do ser humano e, conseqüentemente, a evolução do Planeta. O sexo, no ser humano, conforme se expresse, terá conseqüências felizes ou infelizes, construtivas ou destrutivas, pois não depende da sua função em si mesma, mas, fundamentalmente, do seu usuário. Atualmente, comenta-se a possibilidade da legalização das relações sexuais livres, como se fora justo escolher companhias, apenas, para a satisfação do impulso genésico, qual instrumento de troca ou indivíduo descartável. Relações sexuais, no entanto, envolvem consciência e responsabilidade. Homem ou mulher, adquirindo parceira ou parceiro para a conjunção afetiva, deve canalizar suas energias sexuais a um propósito elevado, pois, pensando tão-somente em si mesmo, a frustração é imediata.

CARNE VERMELHA E PRATICA MEDIUNICA

Carne Vermelha e Pratica Mediunica “E chamando a si as turbas, lhes disse: Ouvi e entendei. Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem”. (Mateus, XV:11). “E respondendo Pedro, lhe disse: Explica-nos essa parábola. E respondeu Jesus: Também vós outros estais ainda sem inteligência? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce ao ventre, e se lança depois num lugar escuso? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias. Estas coisas são as que fazem imundo o homem. O comer, porém, com as mãos por lavar, isso não faz imundo o homem”. (Mateus, XV: 16-20). A ALIMENTAÇÃO DE CARNE VERMELHA É PREJUDICIAL? O ato de comer sempre foi motivo de discussão por parte de todos os povos. A abstenção de certos tipos de alimentos era considerada sagrada e tinha variadas finalidades de acordo com o povo, a época, a cultura e a região. É inegável que uma alimentação equilibrada é fundamental para a nossa saúde. E no tocante a mediunidade o tema “alimentação” deve ser analisado com maior atenção. Um médium consciente de suas responsabilidades e deveres deve ter uma vida equilibrada em todos os aspectos. Com o que come diuturnamente ele deve primar por este mesmo equilíbrio. Difundiu-se no movimento espírita uma “idéia” de que comer carne vermelha é proibido aos médiuns. Esta “teoria”, oriunda do “misticismo igrejeiro”, segundo José Herculano Pires, ou da contaminação por idéias do orientalismo mágico é um flagrante engano, do ponto de vista científico-doutrinário. Observemos que Kardec não deixou o tema sem a devida analise e estudo: A abstenção de certos alimentos, prescrita entre diversos povos, funda-se na razão? “Tudo aquilo de que o homem se possa alimentar, sem prejuízo para a sua saúde, é permitido. Mas os legisladores puderam interditar alguns alimentos com uma finalidade útil. E para dar maior crédito às suas leis apresentaram-nas como provindas de Deus”. O Livro dos Espíritos, questão nº 721 A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural? “Na vossa constituição física, a carne nutre a carne, pois do contrário o homem perece. A lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as suas energias e a sua saúde para poder cumprir a lei do trabalho. Ele deve alimentar-se, portanto, segundo o exige a sua organização”. O Livro dos Espíritos, questão nº 722 A abstenção de alimentos animais ou outros, como expiação é meritória? “Sim, se o homem se priva em favor dos outros, pois Deus não pode ver mortificação quando não há privação séria e útil. Eis porque dizemos que os que só se privam em aparência são hipócritas”.(Ver item 720.) O Livro dos Espíritos, questão nº 724 As privações voluntárias, com vistas a uma expiação igualmente voluntária, têm algum mérito aos olhos de Deus? “Fazei o bem aos outros e tereis maior mérito”. O Livro dos Espíritos, questão nº 720 Os povos que levam ao excesso o escrúpulo no tocante à destruição dos animais têm mérito especial? “É um excesso, num sentimento que em si mesmo é louvável, mas que se torna abusivo e cujo mérito acaba neutralizado por abusos de toda espécie. Eles têm mais Temor supersticioso do que verdadeira bondade”.(grifo nosso) O Livro dos Espíritos, questão nº 736 ... Amai, pois, a vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que lhe são peculiares por força da própria natureza, é desconhecer as leis de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre arbítrio o fez cometer, e pelas quais ele é tão responsável como o cavalo mal dirigido o é, pelos acidentes que causa. Sereis por acaso mais perfeitos, se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, menos orgulhosos e mais caridosos? Não, a perfeição não está nisso, mas inteiramente nas reformas a que submeterdes o vosso Espírito. Dobrai-o, subjugai-o, humilhai-o, mortificai-o: é esse o meio de o tornar mais dócil à vontade de Deus, e o único que conduz à perfeição. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, Item 11 ...Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que se reformar moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem. O Evangelho Segundo o Espiritismo, CAP. VIII, Item 10 Mas não foi só o codificador que deixou bem claro a visão espírita do tema. Vemos que outros orientadores encarnados e desencarnados também mantem um posicionamento coerente. vejamos o que nos orienta André Luiz: A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual, será leve. Nada de empanturrar-se o companheiro com viandas desnecessárias. Estômago cheio, cérebro inábil. A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara e mais ampla do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas atividades da desobsessão. Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados de qualquer anotação em torno da impropriedade do álcool, acrescendo observar que os amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitantes, estão convidados a lhes reduzirem o uso, durante o dia determinado para a reunião, quando não lhes seja possível a abstenção total, compreendendo-se que a posição ideal será sempre a do participante dos trabalhos que transpõe a porta do templo sem quaisquer problemas alusivos à digestão. André Luiz, Desobsessão, Cap.II. Em entrevista a Revista “0 Mensageiro” o estudioso da mediunidade e medium Raul Teixeira declara: P: – Como deve ser a dieta alimentar dos médiuns nos dias de trabalho mediúnico? R: - A dieta alimentar dos médiuns deverá constituir-se daquilo que lhes possa atender às necessidades, sem descambar para os excessos ou tipos de alimentos que, por suas características, poderão provocar implicações digestivas, perturbando o trabalhador e, conseguintemente, os labores dos quais participe. Desse modo, torna-se viável uma alimentação normal, evitando-se os excessivos condimentos e gorduras que, independente das atividades mediúnicas, prejudicam bastante o funcionamento orgânico. P: – A alimentação vegetariana será mais aconselhável para os médiuns em geral? R: – A questão da dieta alimentar é fundamentalmente de foro íntimo ou acatará a alguma necessidade de saúde, devidamente prescrita. Afora isto, para o médium verdadeiro não há a chamada alimentação ideal, embora recomende o bom senso que se utilize uma alimentação que lhe não sobrecarregue o organismo, principalmente nos dias de reunião mediúnica, a fim de que não seja perturbado por qualquer processo de conturbada digestão que, com certeza, lhe traria diversos inconvenientes. A alimentação não define, por si só, o potencial mediúnico dos médiuns que deverão dar muito maior validade à sua vida moral do que à comida obviamente. Algumas pessoas recomendam que não se comam carnes, nos dias de tarefa mediúnica, enquanto outras recomendam que não se deve tomar café ou chocolate, alegando problemas das toxinas, da cafeína, etc., esquecendo-se que deveremos manter uma alimentação mais frugal, a partir do período em que já não tenha tempo o organismo para uma digestão eficiente. É mais compreensível, e me parece mais lógico, que a pessoa coma no almoço o seu bife, se for o caso, ou tome seu cafezinho pela manha, do que passar todo o dia atormentada pela vontade desses alimentos, sem conseguir retirar da cabeça o seu uso, deixando de concentrar-se na tarefa, em razão da ansiedade para chegar em casa, após a reunião, e comer ou beber aquilo de que tem vontade. Por outro lado, a resposta dos espíritos à questão 723 de O Livro dos Espíritos é bastante nítida a esse respeito, deixando o espírita bem à vontade para a necessária compreensão, até porque a alimentação vegetariana não indica nada sobre o caráter do vegetariano. Lembremo-nos que o “médium” Hitler era vegetariano e que o médium Francisco Cândido Xavier se alimenta com carne”. Não é no intuito de negar o quanto é saudavel o habito de se abster de carnes vermelhas, mas simplismente de mostrar que o fato de ingerirmos este tipo de alimento não nos impede, nem nos dasabilita da prática da mediunidade nos parametros seguros da codificação.

HOMOSSEXUALIDADE E O ESPIRITISMO

A Homossexualidade e o Espiritismo Eurípedes Kühl Prefácio ...Todas as respostas estão dentro do próprio homem. Deus, o Criador de tudo e de todos, criou os homens simples e ignorantes, tendo por destino a Evolução permanente. A todos equipou com Sua centelha: a Consciência! A Consciência tem duas metades: a Inteligência e o Livre-Arbítrio. Leis Naturais, desde sempre pré-estabelecidas, imutáveis, justas, perfeitas, infalíveis, em estreita ligação com a Consciência, vêm balisando o ser para o seu destino, rumo à eternidade: evoluir sempre. Por Evolução entenda-se a aquisição e prática constante de virtudes, com conseqüente banimento de defeitos. Como fonte permanente de energia para realizações construtivas o homem recebeu do Pai sublime tesouro: o Sexo!... Causas O Espírito concentra energias eternas no nível superior da sua estrutura, energias essas que distribuem-se pelos sistemas mental, intelectual e psíquico, repercutindo no corpo humano. No incessante pendular das reencarnações, essas energias irão concentrar-se na psique, do que a personalidade do ser humano é pequena mostra. As características mentais, superiores e inferiores, não se alterarão, esteja o Espírito vestindo roupagem física masculina ou feminina. Por outras palavras: virtudes ou defeitos não sofrem variações em função do sexo a que pertença o agente, ora encarnado. A parte que muda - e muda bastante -, é o campo gravitacional da força sexual, quando o reencarnante também muda de sexo. Na verdade, quando no limiar da evolução máxima terrena, os Espíritos já não apresentam tais mudanças, se homem ou mulher.Neles é expressivo o domínio completo das tendências, com isso dominando e direcionando as altas fontes energéticas sexuais para obras criativas, invariavelmente a benefício do próximo. Naturalmente, caro leitor, estamos falando dos chamados "santos". O sexo, essencialmente, define as qualidades acumuladas pelo indivíduo, no campo mental e comportamental. Assim, homens e mulheres se demoram séculos e séculos no campo evolutivo próprio em que se situam suas tendências, masculinas ou femininas. A Natureza, prodigamente, inversa a polarização sexual dos indivíduos que detenham apreciável bagagem de experiências num dos campos, masculino ou feminino. Nesses casos, tal inversão se dá de forma natural, sem desajustes. Contudo, existem casos, nos quais será útil ao Espírito renascer, compulsoriamente, em campo sexual oposto àquele em que esteja, por abusos e desregramentos. Aí, o nascimento de criaturas com inversão sexual cogita, na maioria dos casos, de lide expiatória. Isso acontece porque pessoas há que tiranizam o sexo oposto. O homem, por exemplo, prevalecendo-se de sua superioridade, auto-concedida, abusa e surrupia direitos à mulher, passando a devedor perante a Lei de Igualdade, do que sua consciência, cedo ou tarde, o alertará. Então, quando isso ocorre, voluntária ou compulsoriamente, será conduzido pela Justiça Divina a reencarnar em equipamento feminino. Mantendo matrizes psíquicas da masculinidade, estará extremamente desconfortável num corpo feminino, para assim aprender o respeito devido à mulher, seja mãe, irmã, filha ou companheira. Identicamente, sucederá à mulher que, utilizando seus encantos e condições femininas de atração, arrastou homens ao desvairo, à perdição, ao abandono da família: terá que reencarnar como homem, embora suas tendências sejam declaradamente femininas. Nessa condição, os que dão livre exercício a tais tendências, cometem novos delitos. Considerando que tais indivíduos encontram-se em provação (desenvolvimento de resistências a má inclinação), ou, em expiação (resgate de faltas passadas), seu mau procedimento agrava seu karma. Não é sem razão que Divaldo Franco e Chico Xavier, médiuns dedicados, com larga experiência no trato do Espiritismo, consideram o homossexualismo um gerador de angústias. Philomeno de Miranda (Espírito), em "Loucura e obsessão",F.E.B., 1988, Brasilia/DF, 2a.Ed., pag.75, consigna o homossexualismo como provação, alertando que, "a persistência no desequilíbrio, remeterá o ser compulsoriamente à expiação, mutiladora ou alienante". Homens e mulheres nascem homossexuais com a destinação específica do melhoramento espiritual, jamais sob o impulso do mal. Os homossexuais, homens ou mulheres, assim, são criaturas em expurgo de faltas passadas, merecedoras de compreensão e sobretudo esclarecimento. Tornam-se carentes diante da Bondade do Pai, que jamais abandona Seus filhos. Terão renovadas chances de aperfeiçoamento espiritual, eis que a Reencarnação é escola que aceita infinitas matrículas, inda que na mesma série. Os verdadeiros espíritas e os verdadeiros cristãos, que são a mesma coisa, sentem um enorme dó diante de uns e outros - os homossexuais e os seus radicais detratores.Entendem que os primeiros estão com sofrimentos e que os segundos estão plantando espinhos.Em tempos próximos (crêem os espíritas), a sociedade como um todo compreenderá que tais desajustes representam quebra de dura disciplina, solicitada ou aceita, anteriormente a reencarnação. Os homossexuais não são passíveis de críticas, senão de esclarecedoras luzes espíritas em suas sensíveis almas, iluminando seu presente. A Família A homossexualidade, seja "provação", seja "expiação", sempre coloca seu portador em situação delicada perante a sociedade, já a partir do lar. Em casa, de nada adiantarão brigas entre os pais, menos ainda acusações recíprocas. Violência ou ameaças contra os filhos portadores da homossexualidade, geralmente agravarão a convivência, tornando-a insuportável. O confronto entre os costumes sociais e as exigências da libido já expõe o homossexual a um penoso combate, pelo que precisa ser ajudado. Dificilmente, sem ajuda externa, ele se livrará dos perigosos caminhos do abandono do lar, da promiscuidade, dos tóxicos, da violência e até mesmo do crime. É no meio familiar que o homossexual deverá encontrar sólidos alicerces preparativos para os embates da vida, contando com o incomparável arrimo da compreensão, principalmente do respeito. Pela Lei de Justiça divina, esse filho ou essa filha estão no lugar certo, entre as pessoas também certas: sua família. Os pais, assim evangelizados, jamais condenarão o filho ou a filha, mas também jamais deixarão de orientá-los quanto à necessidade do esforço permanente para manter sob controle os impulsos da homossexualidade. "Manter sob controle" é entender, prospectivamente, que tal tendência tem raízes no passado, em vida anterior, e que somente a abstenção, agora, livrará seu portador de maiores problemas, já nesta, quanto em vidas futuras... "Manter sob controle", ainda, é perseguir a vitória na luta travada entre o "impulso" e a "razão", ou melhor, entre o corpo, exigente desse prazer e o Espírito, decidido à conquista da normalidade sexual. A oração, o Evangelho e a vontade, juntos, darão ao homossexual outros prazeres, outras compensações, pacificando assim corpo e Espírito. A fé em Deus e a certeza das vidas futuras, sem tais infelicidades, serão inestimável catalisador para o êxito.Nesses problemas, como em todos os demais, a união familiar e a companhia de Jesus constituem sempre a melhor solução. Libertação Longe de condenar os homossexuais, o Espiritismo sugere-lhes o esforço da sublimação, único meio para livrá-los de tão tormentoso débito. Diz mais a Doutrina dos Espíritos, aos homossexuais: o exercício continuado da caridade fará com que a tela mental se reeduque, substituindo hábitos infelizes por amor fraternal ao próximo; se as forças sexuais forem divididas entre estudo, lazer e ações de fraternidade, elas se converterão em aspiração evolutiva espiritual, anulando os impulsos deletérios do desejo; inquilinos desencarnados serão desde logo despejados do íntimo do reeducando sexual; encarnados infelizes, pela falta de sintonia, igualmente se afastarão (ou serão afastados, por ação de protetores espirituais, sempre dispostos e prontos a ajudar quem se esforça no domínio das más tendências); tanto quanto para o descaminho ninguém anda só, para a correção o Céu se abre em bênçãos, permanentemente; jamais faltarão mãos amigas para acolher "os filhos pródigos" que retornarem à Casa do Pai, depois de terem morado algum tempo em casas afastadas do Bem! Capítulo do livro Sexo: Sublime Tesouro de Eurípedes Küh

O HOMEM DE BEM

O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. * * * Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112a edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febrasil.org. Federação Espírita Brasileira, 1996.

TUDO PASSARÁ

Tudo Passará Todas as coisas, na Terra, passam... Os dias de dificuldades, passarão... Passarão também os dias de amargura e solidão... As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar... um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará. Dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante. Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará... E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre. O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará... Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação. Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo... também passarão..." " Tudo passa..........exceto DEUS!" Deus é o suficiente! (Emmanuel/ Francisco Cândido Xavier )

MENSAGEM DE ANDRE LUIZ

Indicação de Amigo Nunca se diga inútil. Por agora: você não é um anjo. no entanto é capaz de ser uma pessoa reta e nobre; não terá santidade para mostrar,mas possui vastas possibilidades de agir, em benefício do próximo; não apresenta qualidades perfeitas, contudo,você detém recursos preciosos de servir; talvez não consiga revelar alto índice de cultura intelectual, porém,consegue amparar a muitos companheiros com excelente orientação; provavelmente, não lhe será possível movimentar grandes riquezas do mundo, entretanto nada lhe impedirá o esforço de acumular tesouros de bondade no coração e de irradiai-los em gestos de compreensão e de amor, por fim é provável que você ainda não conheça o que seja a felicidade, mas pode adquiri-la, se você quiser, aprendendo a trabalhar em favor dos outros, e entender e perdoar, encorajar e sorrir. André Luiz do Livro Momentos de Ouro pgs 28 e 29 Francisco C.Xavier

quinta-feira, 29 de março de 2012

Allan Kardec

Extraído de "Obras Póstumas" de Allan Kardec Nascido em Lion, a 3 de outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) não seguiu essas carreiras. Desde a primeira juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das ciências e da filosofia. Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha. Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino, pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos catorze anos ensinava o que sabia àqueles dos seus condiscípulos que haviam aprendido menos do que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idéias que mais tarde o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livre-pensadores. Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio durante longos anos com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desse grande problema. O Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-lhe especial direção aos trabalhos. Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e, o que é muito característico, as obras de Fénelon, que o tinham seduzido de modo particular. Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras, que, em o concurso de 1831, lhe premiou uma notável memória sobre a seguinte questão: Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época? De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia, etc., empresa digna de encômios em todos os tempos, mas, sobretudo, numa época em que só um número muito reduzido de inteligências ousava enveredar por esse caminho. Preocupado sempre com o tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou, ao mesmo tempo, um método engenhoso de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, tendo por objetivo fixar na memória as datas dos acontecimentos de maior relevo e as descobertas que iluminaram cada reinado. Entre as suas numerosas obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para melhoramento da Instrução pública (1828); Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família (1824); Gramática francesa clássica (1831); Manual dos exames para os títulos de capacidade; Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria (1846); Catecismo gramatical da língua francesa (1848); Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que ele professava no Liceu Polimático; Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições. Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudônimo de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém tendo todos, como objetivo, esclarecer as massas e prendê-las melhor às respectivas famílias e países. Pelo ano de 1855, posta em foco a questão das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec se entregou a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando principalmente de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o princípio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste último, uma das forças da Natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos por insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso. Suas obras principais sobre esta matéria são: O Livro dos Espíritos, referente à parte filosófica, e cuja primeira edição apareceu a 18 de abril de 1857; O Livro dos Médiuns, relativo à parte experimental e científica (janeiro de 1861); O Evangelho segundo o Espiritismo, concernente à parte moral (abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou A justiça de Deus segundo o Espiritismo (agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as Predições (janeiro de 1868); A Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, periódico mensal começado a 1º de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade espírita regularmente constituída, sob a denominação de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto possa contribuir para o progresso da nova ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influência de idéias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo, observou os fatos e de suas observações deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa a tais fatos e a formar com eles um corpo de doutrina, metódico e regular. Demonstrando que os fatos erroneamente qualificados de sobrenaturais se acham submetidos a leis, ele os incluiu na ordem dos fenômenos da Natureza, destruindo assim o último refúgio do maravilhoso e um dos elementos da superstição. Durante os primeiros anos em que se tratou de fenômenos espíritas, estes constituíram antes objeto de curiosidade, do que de meditações sérias. O Livro dos Espíritos dez que o assunto fosse considerado sob aspecto muito diverso. Abandonaram-se as mesas girantes, que tinham sido apenas um prelúdio, e começou-se a atentar na doutrina, que abrange todas as questões de interesse para a Humanidade. Data do aparecimento de O Livro dos Espíritos a fundação de Espiritismo que, até então, só contara com elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance nem toda gente pudera apreender. A partir daquele momento, a doutrina prendeu a atenção de homens sérios e tomou rápido desenvolvimento. Em poucos anos, aquelas idéias conquistaram numerosos aderentes em todas as camadas sociais e em todos os países. Esse êxito sem precedentes decorreu sem dúvida da simpatia que tais idéias despertaram, mas também é devido, em grande parte, à clareza com que foram expostas e que é um dos característicos dos escritos de Allan Kardec. Evitando as fórmulas abstratas da Metafísica, ele soube fazer que todos o lessem sem fadiga, condição essencial à vulgarização de uma idéia. Sobre todos os pontos controversos, sua argumentação, de cerrada lógica, poucas ensanchas oferece à refutação e predispõe à convicção. As provas materiais que o Espiritismo apresenta da existência da alma e da vida futura tendem a destruir as idéias materialistas e panteístas. Um dos princípios mais fecundos dessa doutrina e que deriva do precedente é o da pluralidade das existências, já entrevisto por uma multidão de filósofos antigos e modernos e, nestes últimos tempos, por João Reynaud, Carlos Fourier, Eugênio Sue e outros. Conservara-se, todavia, em estado de hipótese e de sistema, enquanto o Espiritismo lhe demonstrara a realidade e prova que nesse princípio reside um dos atributos essenciais da Humanidade. Dele promana a explicação de todas as aparentes anomalias da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais, facultando ao homem saber donde vem, para onde vai, para que fim se acha na Terra e por que aí sofre. As idéias inatas se explicam pelos conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores; a marcha dos povos e da Humanidade, pela ação dos homens dos tempos idos e que revivem, depois de terem progredido; as simpatias e antipatias, pela natureza das relações anteriores. Essas relações, que religam a grande família humana de todas as épocas, dão por base, aos grandes princípios de fraternidade, de igualdade, de liberdade e de solidariedade universal, as próprias leis da Natureza e não mais uma simples teoria. Em vez do postulado: Fora da Igreja não há salvação, que alimenta a separação e a animosidade entre as diferentes seitas religiosas e que há feito correr tanto sangue, o Espiritismo tem como divisa: Fora da Caridade não há salvação, isto é, a igualdade entre os homens perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua. Em vez da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade. A fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é para este século. É precisamente ao dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o último a deixá-la, Allan Kardec sucumbiu, a 31 de março de 1869, quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Diversas obras que ele estava quase a terminar, ou que aguardavam oportunidade para vir a lume, demonstrarão um dia, ainda mais, a extensão e o poder das suas concepções. Morreu conforme viveu: trabalhando. Sofria, desde longos anos, de uma enfermidade do coração, que só podia ser combatida por meio do repouso intelectual e pequena atividade material. Consagrado, porém, todo inteiro à sua obra, recusava-se a tudo o que pudesse absorver um só que fosse de seus instantes, à custa das suas ocupações prediletas. Deu-se com ele o que se dá com todas as almas de forte têmpera: a lâmina gastou a bainha. O corpo se lhe entorpecia e se recusava aos serviços que o Espírito lhe reclamava, enquanto este último, cada vez mais vivo, mais enérgico, mais fecundo, ia sempre alargando o círculo de sua atividade. Nessa luta desigual não podia a matéria resistir eternamente. Acabou sendo vencida: rompeu-se o aneurisma e Allan Kardec caiu fulminado. Um homem houve de menos na Terra; mas, um grande nome tomava lugar entre os que ilustraram este século; um grande Espírito fora retemperar-se no Infinito, onde todos os que ele consolara e esclarecera lhe aguardavam impacientemente a volta! A morte, dizia, faz pouco tempo, redobra os seus golpes nas fileiras ilustres!... A quem virá ela agora libertar? Ele foi, como tantos outros, recobrar-se no Espaço, procurar elementos novos para restaurar o seu organismo gasto por um vida de incessantes labores. Partiu com os que serão os fanais da nova geração, para voltar em breve com eles a continuar e acabar a obra deixada em dedicadas mãos. O homem já aqui não está; a alma, porém, permanecerá entre nós. Será um protetor seguro, uma luz a mais, um trabalhador incansável que as falanges do Espaço conquistaram. Como na Terra, sem ferir a quem quer que seja, ele fará que cada um lhe ouça os conselhos oportunos; abrandará o zelo prematuro dos ardorosos, amparará os sinceros e os desinteressados e estimulará os mornos. Vê agora e sabe tudo o que ainda há pouco previa! Já não está sujeito às incertezas, nem aos desfalecimentos e nos fará partilhar da sua convicção, fazendo-nos tocar com o dedo a meta, apontando-nos o caminho, naquela linguagem clara, precisa, que o tornou aureolado nos anais literários. Já não existe o homem, repetimo-lo. Entretanto, Allan Kardec é imortal e a sua memória, seus trabalhos, seu Espírito estarão sempre com os que empunharem forte e vigorosamente o estandarte que ele soube sempre fazer respeitado. Uma individualidade pujante constituiu a obra. Era o guia e o fanal de todos. Na Terra, a obra subsistirá o obreiro. Os crentes não se congregarão em torno de Allan Kardec; congregar-se-ão em torno do Espiritismo, tal como ele o estruturou e, com os seus conselhos, sua influência, avançaremos, a passos firmes, para as fases ditosas prometidas à Humanidade regenerada.

sábado, 24 de março de 2012

PLANEJAMENTO FAMILIAR SEGUNDO O ESPIRITISMO

O planejamento familiar à luz da doutrina espírita A discussão do controle da natalidade e mesmo do planejamento familiar requer, antes de mais nada, que se entendam, primeiro, como a família é organizada pelas criaturas humanas e, em segundo lugar, como as leis da genética são influenciadas pelos agentes psíquicos que velam pela vida dos homens no globo em que estamos. Organização da família – Habitualmente, diz Emmanuel (Vida e Sexo, cap. 17), somos nós mesmos que planificamos a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos. Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria. Essa é a razão por que, de todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida O colégio familiar – reitera Emmanuel (O Consolador, perguntas 175 e 179) – tem suas origens sagradas na esfera espiritual. Em seus laços, reúnem-se todos aqueles que se comprometeram no Além a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva. O matrimônio na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções tomadas na vida do Infinito, antes da reencarnação dos Espíritos, razão pela qual os consórcios humanos estão previstos na existência dos indivíduos, no quadro escuro das provas expiatórias ou no acervo de valores das missões que regeneram e santificam. Para que possam bem cumprir seus deveres, é preciso, porém, que os cônjuges mantenham a mais entranhada fé em Deus, pois é na prece e na vigilância que encontrarão sempre as melhores defesas e a possibilidade de que o programa reencarnatório traçado se execute, para o que concorrem os Amigos Espirituais vinculados ao casal, os quais, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais e mais tarde aportam em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. (Veja sobre o assunto O Consolador, pergunta 188, e Vida e Sexo, cap. 11, ambos de Emmanuel.) As leis da genética - As leis da genética encontram-se, segundo Emmanuel (O Consolador, pergunta 35), presididas por numerosos agentes psíquicos que a ciência da Terra está longe de formular, apegada ainda aos seus postulados materialistas. Esses agentes psíquicos são, muitas vezes, movimentados pelos mensageiros do plano espiritual, encarregados dessa ou daquela missão junto às correntes da profunda fonte da vida. A conjugação entre o campo espiritual e o campo físico não se faz por acaso e estará na dependência de múltiplas condições, a maioria delas absolutamente desconhecida. Entende o dr. Jorge Andréa (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 91 a 95) que nenhum Espírito chegará ao processo reencarnatório sem uma atração específica com sua futura mãe. O mergulho na reencarnação só se dará quando a sintonia entre mãe e futuro filho estiver praticamente indissolúvel. Qualquer que seja a qualidade do reencarnante, haverá sempre com a mãe correlação de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo, quer os mecanismos se exteriorizem nas faixas do amor ou do ódio. O Espírito reencarnante, com o seu campo específico de energias, fará a seleção do espermatozóide pelas contingências de suas irradiações, adquirindo e construindo o futuro corpo de acordo com as suas necessidades, ou seja, de acordo com a programação reencarnatória estabelecida. Planejamento familiar - Conforme o pensamento médico oficial, o Planejamento Familiar tem como finalidades: 1) Prevenir gestações não desejadas; 2) Possibilitar ao casal a opção quanto ao instante da concepção; 3) Evitar a gravidez nas pacientes de risco reprodutivo e nas que, sendo portadoras de moléstias várias, poderiam sofrer um agravamento com a gestação; 4) Diminuir o índice de abortos, por impedir a gravidez indesejada. O Controle da Natalidade tem outro objetivo, ou seja, diz respeito à intervenção de organismos oficiais no sentido de deter ou estimular a expansão demográfica, por razões econômicas ou políticas, como ocorre, por exemplo, na China. A doutrina espírita adverte-nos, no entanto, que tudo o que entrava a marcha da natureza é contrário à lei geral. O homem pode certamente regular a reprodução dos seres vivos segundo as suas necessidades, mas não deve entravá-la sem motivo. A ação inteligente do homem é um contrapeso posto por Deus entre as forças da natureza a fim de lhes restabelecer o equilíbrio, e para isso concorrem também os animais, pois o instinto de conservação que lhes foi dado faz com que, ao proverem à própria conservação, detenham o desenvolvimento excessivo e às vezes perigoso das espécies animais e vegetais de que se nutrem. Os usos que têm por fim deter a reprodução com vistas à satisfação da sensualidade não têm cabimento nos dias que correm e provam tão-somente a predominância do corpo sobre a alma e o quanto o homem está imerso na matéria. É assim que pensam os imortais que trataram do tema em resposta às perguntas formuladas por Kardec (O Livro dos Espíritos, itens 693 e 694). Afirma André Luiz (O Espírito da Verdade, cap. 50) que a maternidade é a plenitude do coração feminino a nortear o progresso. Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino. As mães são os vasos eleitos para a luz da reencarnação! Por maiores se façam os suplícios impostos à sua frente, elas não devem recusar seu augusto dever, porque é ao filtro do amor que verte do seu seio que deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas. É fácil compreender, então, que, como lembra André Luiz, os filhos não surgem em nossa vida por acaso. Planejamento familiar e programação reencarnatória Sabendo-se que os Espíritos que o casal receberá como filhos são geralmente programados num período anterior ao renascimento, será que a utilização de medidas contraceptivas não constitui uma atitude prejudicial à realização plena dos compromissos cármicos? Esta é uma questão complexa, porque diz respeito à ação do livre arbítrio, apanágio do ser humano, mas que é exercitado de formas diferentes quando o indivíduo está desencarnado e depois, quando ele já se encontra encarnado. No primeiro momento ele usa essa liberdade para elaborar o programa existencial; mais tarde, envolvido nas lutas encarnatórias, ele tem a liberdade de aceitar ou não as contingências resultantes da sua escolha, assunto que Allan Kardec trata magistralmente na questão 872 de O Livro dos Espíritos. O dr. Jorge Andréa entende (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 77, 105 e 106) que o planejamento familiar é questão de foro íntimo do casal. As pílulas anticoncepcionais têm suas indicações e muitos motivos, escusos ou não, estarão ligados ao seu uso. Se uma mãe deveria receber três filhos e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ficará com a carga de responsabilidade transferida para uma outra época ou, fazendo a substituição, por trabalho construtivo equivalente em outro setor. No caso das ligaduras de trompas, a indicação poderá estar na faixa ajustada diante de precisas indicações médicas, como também nas faixas desajustadas e sem razão de ser. Todos esses atos desencadearão reações. Ninguém granjeará os degraus superiores da vida sem a autêntica vivência das menores faixas de evolução. Será preferível um Espírito reencarnar num lar pobre com as habituais dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes? Respondendo a esta questão, diz o dr. Jorge Andréa (Forças Sexuais da Alma, cap. V, págs. 124 a 126) que, na maioria das vezes, os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, onde as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo. A posição de Joanna de Ângelis (Após a Tempestade, cap. 10, obra psicografada por Divaldo P. Franco) não é diferente. O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio. Mas as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos. Diremos então, respondendo à pergunta inicial: A) O uso de contraceptivos pode efetivamente criar obstáculos à concretização de compromissos reencarnatórios, porquanto dificultam o renascimento de Espíritos vinculados ao casal. B) Por causa disso, desaconselha-se a utilização rotineira e indiscriminada de medidas anticoncepcionais, sem um motivo justo moralmente aceitável. C) Isso não invalida a idéia de que o casal possa, em determinadas condições, utilizar-se de métodos anticoncepcionais, sempre em caráter provisório, objetivando coincidir o início da gravidez com momentos que lhe pareçam mais adequados. (Astolfo Olegário de Oliveira Filho) Os métodos anticoncepcionais Os métodos utilizados para evitar a concepção são didaticamente divididos em transitórios e definitivos. Eis os principais utilizados no Ocidente: Métodos transitórios: Hormonal: inibe a ovulação, altera o muco do colo uterino e o movimento das trompas. Pode ser oral, injetável ou através de implantes. Métodos de barreira: impedem a penetração do espermatozóide no colo ou exerce um efeito nocivo sobre o mesmo, impedindo seu movimento. São eles o condom, o diafragma e os espermicidas. Dispositivo intra-uterino: altera a motilidade útero-tubária, o muco cervical, a química do endométrio e tem ainda uma ação lesiva sobre o espermatozóide. Discute-se ainda se os mecanismos de ação do DIU não o tornariam um método abortivo, pois se sabe com certeza que 50% das mulheres que engravidam com o DIU vêm a abortar. Métodos comportamentais: são aqueles em que se tenta evitar a gravidez pela observação dos sinais e sintomas naturais da fase fértil do ciclo menstrual. São eles a tabela, o método da temperatura, o estudo do muco cervical, o coito interrompido e a ducha vaginal. Métodos definitivos: Laqueadura, para a mulher, e Vasectomia, para o homem, as quais consistem na esterilização definitiva por métodos cirúrgicos. Segundo estatísticas conhecidas, no início dos anos 60 o método anticoncepcional mais utilizado no mundo era o condom, preservativo de borracha redescoberto no século XVIII pelo médico inglês dr. Condom, já que o preservativo era aconselhado na Idade Média contra a sífilis. No Brasil, a última pesquisa confiável diz que 42,9% das mulheres que evitam a gravidez valem-se da pílula anticoncepcional, cuja paternidade é atribuída a Gregory Pincus, cientista norte-americano que conseguiu em 1963 preparar a primeira pílula eficiente. (A.O.O.F.) As conseqüências da utilização dos métodos contraceptivos Quais as possíveis conseqüências espirituais negativas do uso dos diferentes métodos contraceptivos? Os estudiosos espíritas encarnados e desencarnados não divergem quanto a esta questão. Dependendo do método utilizado e da intenção da pessoa, as conseqüências podem ser bastante sérias. Por isso, Richard Simonetti (A Constituição Divina, pág. 38) sugere que o planejamento familiar se faça em bases naturais, observando-se os ciclos femininos de fertilidade e não se fechando inteiramente as portas da concepção, cientes os casais terrenos de que os filhos que vierem o farão sob a ação do Plano Espiritual, de acordo com os programas traçados. Léon Denis (Espírito) adverte em Crestomatia da Imortalidade, cap. 14, obra psicografada por Divaldo P. Franco, que é da Lei que os crimes cometidos na esfera física sejam ressarcidos. Assim, todo atentado injustificado aos centros da fertilidade masculina ou feminina poderá redundar, sem dúvida, na esterilidade futura, com que o Espírito renascerá, sem falar das neuroses, das psicoses, dos desajustes familiares e dos dramas horrendos que constituem a colheita das medidas tomadas contra a Natureza. As conseqüências do uso dos métodos contraceptivos são, pois, as seguintes: A) Adiamento das experiências programadas, com um possível agravamento das provas. B) Lesão do corpo espiritual, dependendo do método utilizado, do grau de conhecimento da falta e da intenção do agente, podendo acarretar infertilidade, doenças genésicas variadas etc. C) Repercussões negativas no psiquismo das pessoas envolvidas, podendo desencadear patologias emocionais. D) Obsessão por parte dos que, diante da rejeição, podem eventualmente desencadear um processo de constrição mental negativo. Em face disso, se necessário valer-se de algum método anticoncepcional, deve-se dar preferência aos métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura, coito interrompido) ou aos métodos de barreira (condom, diafragma etc.), por serem menos lesivos à organização física e ao perispírito. (Astolfo Olegário de Oliveira Filho) SEMINÁRIO PLANEJAMENTO FAMILIAR E ESPIRITISMO (Astolfo Olegário de Oliveira Filho - De Londrina) Escolha das provas - No estado errante, o Espírito "mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre arbítrio" (O Livro dos Espíritos, 258, 851 e 866). O acaso, propriamente considerado, não pode entrar nas cogitações do sincero discípulo do Evangelho (Emmanuel, O Consolador, pergunta 186). Os detalhes da existência - O Espírito escolhe "o gênero de provas"; os detalhes são conseqüência da posição escolhida e freqüentemente de suas próprias ações. "Somente os grandes acontecimentos, que influem no destino, estão previstos" (O Livro dos Espíritos, 259). Organização da família - Habitualmente somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão dos instrutores beneméritos. Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria. De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida (Emmanuel, Vida e Sexo, cap. 17). O colégio familiar tem suas origens sagradas na esfera espiritual. Em seus laços, reúnem-se todos aqueles que se comprometeram, no Além, a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva (Emmanuel, O Consolador, pergunta 175). O matrimônio na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções tomadas na vida do Infinito, antes da reencarnação dos Espíritos, razão pela qual os consórcios humanos estão previstos na existência dos indivíduos, no quadro escuro das provas expiatórias ou no acervo de valores das missões que regeneram e santificam (Emmanuel, O Consolador, pergunta 179). E para que possam bem cumprir seus deveres, faz-se mister a mais entranhada fé em Deus, visto que na prece e na vigilância espiritual encontrarão sempre as melhores defesas (Emmanuel, O Consolador, pergunta 188). Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, à face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa, pelos processos da gravidez e do berço, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida (Emmanuel, Vida e Sexo, cap. 11). Exceções à escolha das provas - Quando o Espírito é simples, ignorante e sem experiência, "Deus supre a sua inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir" (O Livro dos Espíritos, 262). "Deus sabe esperar: não precipita a expiação; entretanto, pode impor uma existência a um Espírito quando este, por sua inferioridade ou sua má vontade, não está apto a compreender o que lhe poderia ser mais proveitoso" (O Livro dos Espíritos, 262-A e 337). Necessidade da reencarnação - Como pode a alma acabar de se depurar? "Submetendo-se à prova de uma nova existência". A finalidade da reencarnação é: "Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?" (O Livro dos Espíritos, 166 e 167). A passagem pela carne tem ainda outra finalidade, além do aperfeiçoamento do Espírito, que é a de colocá-lo em condições de realizar a sua parte na obra da Criação. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele também progride (O Livro dos Espíritos, 132). Emmanuel ensina que a reencarnação, em si mesma, representa uma estação de tratamento e de cura de certas enfermidades d’alma, às vezes tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores (Emmanuel, O Consolador, pergunta 96). E é exatamente isso que se vê nas trovas seguintes, psicografadas por Chico Xavier (Na Era do Espírito, cap. 4): "Para quem sofre no Além/ Sob a culpa em choro inglório O regresso ao lar terrestre/ É a bênção do purgatório" (Oscar Leal) "De quaisquer provas na Terra/ A que mais amansa a gente: Inimigo reencarnado/ Sob a forma de parente" (Lulu Parola) "Não adianta fugir/ Do débito que se atrasa, Reencarnação chega logo/ Cobrando dentro de casa" (Cornélio Pires) "Quando um sábio das Alturas/ Necessita reencarnar Ninguém consegue impedir/ Nem adianta evitar" (Casimiro Cunha) Objetivo da infância - Santo Agostinho (Espírito) nos adverte: "O' espíritas! compreendei o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor" (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9). O período da infância é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas (Emmanuel, O Consolador, pergunta 109). A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus e, assim, desde a infância deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam (Emmanuel, O Consolador, pergunta 189). Momento da volta - O Espírito pode abreviar o momento da sua reencarnação, solicitando-o pelo seu anseio, e pode também retardá-lo. Quando a reencarnação é autorizada, o Espírito é sempre designado com antecedência. "Escolhendo a prova que deseja sofrer, o Espírito pede para se encarnar; ora, Deus, que tudo sabe e tudo vê, sabe e vê com antecedência que tal alma se unirá a tal corpo" (O Livro dos Espíritos, 332 e 334). União com o corpo - "A união da alma ao corpo começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz" (O Livro dos Espíritos, 344). Esse instante é para ele solene: "É como um viajante que embarca para uma travessia perigosa e não sabe se vai encontrar a morte nas vagas que afronta" (O Livro dos Espíritos, 340). André Luiz narra a reencarnação de Segismundo como filho do casal Adelino-Raquel. Primeiramente, Segismundo se reconcilia com o futuro pai. Mais de cem amigos se reúnem no aposento conjugal para prestar-lhe afetuosa homenagem. Raquel recebe seu novo filho, de joelhos! O instrutor Alexandre preside ao fenômeno da fecundação e informa que esta se dá horas depois do coito -- cerca de 5 a 7 horas depois, segundo o Dr. Fritz Khan (André Luiz, Missionários da Luz, cap. 13). As leis da genética - As leis da genética encontram-se presididas por numerosos agentes psíquicos que a ciência da Terra está longe de formular, dentro dos seus postulados materialistas. Esses agentes psíquicos, muitas vezes, são movimentados pelos mensageiros do plano espiritual, encarregados dessa ou daquela missão junto às correntes da profunda fonte da vida (Emmanuel, O Consolador, pergunta 35). A conjugação entre o campo espiritual e o campo físico não se faz por acaso e estará na dependência de múltiplas condições, a maioria delas absolutamente desconhecida. Nenhum espírito chegará ao processo reencarnatório sem uma atração específica com a sua futura mãe. O mergulho na reencarnação só se dará quando a sintonia entre mãe e futuro filho estiver praticamente indissolúvel. Qualquer que seja a qualidade do espírito reencarnante, haverá sempre com a mãe correlação de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo, quer os mecanismos se exteriorizem nas faixas do amor ou do ódio. O espírito reencarnante, com o seu campo específico de energias, fará a seleção do espermatozóide pelas contingên-cias de suas irradiações, adquirindo e construindo o futuro corpo de acordo com as suas necessidades, ou seja, de acordo com a sua missão (Jorge Andréa, Encontro com a Cultura Espírita, págs. 91, 92, 94 e 95). Planejamento Familiar - Conforme o pensamento médico oficial, o Planejamento Familiar tem como finalidades: 1) Prevenir gestações não desejadas; 2) Possibilitar ao casal a opção quanto ao instante da concepção; 3) Evitar a gravidez nas pacientes de risco reprodutivo e nas que, sendo portadoras de moléstias várias, poderiam sofrer um agravamento com a gestação; 4) Diminuir o índice de abortos, por impedir a gravidez indesejada. O Controle da Natalidade tem outro objetivo, ou seja, diz respeito à intervenção de organismos oficiais no sentido de deter ou estimular a expansão demográfica, por razões econômicas ou políticas. Métodos anticoncepcionais - Os métodos contraceptivos são didaticamente divididos em transitórios e definitivos: A) Métodos transitórios: 1 - Hormonal: inibe a ovulação, altera o muco do colo uterino e o movimento das trompas; pode ser oral, injetável ou através de implantes; 2 - Métodos de Barreira: impedem a penetração do espermatozóide no colo ou exerce um efeito nocivo sobre o mesmo, impedindo seu movimento; são eles o condom, o diafragma e os espermicidas; 3 - Dispositivo intra-uterino: altera a motilidade útero-tubária, o muco cervical, a química do endométrio e tem ainda uma ação lesiva sobre o espermatozóide. Discute-se ainda se os mecanismos de ação do DIU não o tornariam um método abortivo, pois se sabe com certeza que 50% das mulheres que engravidam com o DIU vêm a abortar; 4 - Métodos comportamentais: são aqueles em que se tenta evitar a gravidez pela observação dos sinais e sintomas naturais da fase fértil do ciclo menstrual; são eles a tabela, o método da temperatura, o estudo do muco cervical, o coito interrompido e a ducha vaginal. B) Métodos definitivos: laqueadura e vasectomia, que consistem na esterilização definitiva por métodos cirúrgicos. Métodos mais utilizados - Segundo estatísticas conhecidas, no início dos anos 60 o método anticoncepcional mais utilizado no mundo era o condom, preservativo de borracha redescoberto no século XVIII pelo médico inglês Dr. Condom, já que o preservativo era aconselhado na Idade Média contra a sífilis. A pílula de Píncus acabava de surgir. No Brasil, pesquisa recente diz que 42,9% das mulheres que evitam a gravidez valem-se da pílula anticoncepcional, cuja paternidade é atribuída a Gregory Pincus, cientista norte-americano que conseguiu em 1963 preparar a primeira pílula eficiente. Um número próximo daquele -- 41,8% das mulheres que não querem procriar -- optou pela esterilização. Elza Berquó, do CEBRAP, diz que 40% das mulheres casadas do Brasil desejam ser esterilizadas (Mosaico, pág. 3, jornal O IMORTAL, edições de fevereiro e julho de 1994). Problemas propostos Questão no. 1 - Sabendo-se que os Espíritos que o casal receberá como filhos são geralmente progra-mados num período anterior ao renascimento, perguntamos: - A utilização de medidas contraceptivas não seria uma atitude prejudicial à realização plena dos compromissos cármicos? Questão no. 2 - Quais as possíveis conseqüências negativas, do ponto de vista espiritual, do uso dos diferentes métodos contraceptivos? Respostas: 1) Posição de "O Livro dos Espíritos": Tudo o que entrava a marcha da natureza é contrário à lei geral. O homem pode regular a reprodução dos demais seres vivos segundo as necessidades, mas não deve entravá-la sem necessidade. A ação inteligente do homem é um contrapeso posto por Deus entre as forças da natureza, para restabelecer-lhes o equilíbrio, para o que concorrem também os animais, pois o instinto de conservação que lhes foi dado faz com que, ao proverem à própria conservação, detenham o desenvolvimento excessivo e às vezes perigoso das espécies animais e vegetais de que se nutrem (L.E., 693). Os usos que têm por fim deter a reprodução com vistas à satisfação da sensualidade provam "a predominância do corpo sobre a alma, e quanto o homem está imerso na matéria" (L.E., 694). 2) Posição da Sociologia: A famosa teoria de Malthus, tornada pública em livro editado no ano de 1798, baseia-se na tese de que a população do mundo cresce numa progressão geométrica, cuja razão é de 2, e os meios de subsistência numa progressão aritmética, cuja razão é de 2. Assim, chegaria um momento em que a humanidade pereceria pela fome. Mas a teoria de Malthus encontra-se hoje frontalmente combatida pelos estudiosos, mesmo porque as áreas cultivadas ainda dão para sustentar uma quantidade muito mais numerosa de indivíduos sobre a Terra. Imre Forenczi, em seu ensaio "O Ótimo Sintético de Povoamento", assevera que a tese principal da obra de Malthus "foi, assim, completamente desmentida pela evolução real" (Pinto Ferreira, Sociologia, Tomo II, cap. LXVII, item 290). 3) Posição de Jorge Andréa: O planejamento familiar é questão de foro íntimo do casal. A mulher pode tornar-se estéril, inclusive pelo abuso dos contraceptivos. As pílulas anticoncepcionais têm suas indicações e muitos motivos, escusos ou não, estarão ligados ao seu uso. Se uma mãe deveria receber 3 ou 4 filhos e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ficará com a carga de responsabilidade transferida para uma outra época ou, fazendo a substituição, por trabalho construtivo equivalente de outro setor. No caso das ligaduras de trompas, a indicação poderá estar na faixa ajustada diante de precisas indicações médicas, como também nas faixas desajustadas e sem razão de ser. Todos esses atos desencadearão reações. Ninguém granjeará os degraus superiores da vida sem a autêntica vivência das menores faixas de evolução (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 77, 105 e 106). É o caso de se perguntar: será preferível um espírito reencarnar num lar pobre com as habituais dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes? Na maioria das vezes, os espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, onde as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo. Havendo quebra desses mecanismos, por causas diversas (pílulas anticoncepcionais, aborto delituoso), é lógico que um dos fatores mais expressivos da vida entre em colapso, com as conseqüências daí advindas. Somente a dor, com o chamamento de suas vibrações, teria a possibilidade de limpar os campos doentes do espírito desencadeados pelas infelizes atitudes dos que transgrediram a Grande Lei (Forças Sexuais da Alma, cap. V, págs. 124 a 126). 4) Posição de Chico Xavier: Ao sexo devemos o bendito nome de Mãe; devemos ao sexo a formação dos tesouros afetivos do lar. O sexo é, pois, sagrado em si e, se há algo que possa desprimorar o sexo, isso nasce de nós, não das Leis Divinas. Esperemos que o tempo nos faça observar realmente as vantagens dos anticoncepcionais, compreendendo-se, em princípio, porém, que os anticoncepcionais não estarão invadindo a Terra sem finalidade justa. Pessoalmente, acreditamos que o casal tem direito de pedir a Deus inspiração para que não venha a cair em compromissos nos quais eles, os cônjuges, permaneçam frustrados (Chico Xavier em Goiânia, págs. 49, 64, 65 e 66). 5) Posição de Richard Simonetti: A esterilização é um assunto discutível, porquanto trata-se de uma prática antinatural, passível de lesionar o perispírito, com repercussões negativas no psiquismo do indivíduo e reflexos na economia orgânica em existências futuras. Com o avanço da humanidade, que favorecerá a predominância da natureza espiritual sobre a natureza animal do homem, o sexo deixará de ser imperiosamente cultivado em paroxismos de sensualidade. Será plenamente viável, então, o planejamento familiar em bases de controle natural da natalidade, observados os ciclos femininos de fertilidade. Assim, jamais permanecerão inteiramente cerradas as portas de concepção, conscientes os casais de que os filhos que vierem o farão sob a ação do Plano Espiritual, de acordo com os programas de Deus (A Constituição Divina, pág. 38). 6) Posição de André Luiz: A maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso. Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino. Mães da Terra! Mães anônimas! Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação! Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente -- esperança do Céu a repontar-vos do peito!... Ao filtro do amor que vos verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas. Não surge o berço de vosso coração por acaso. Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que, se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina (O Espírito da Verdade, cap. 50). Exemplo de despovoamento do Umbral e reencontro de dois seres que, apesar de se amarem, ficaram separados mais de 4 séculos: o caso Teofrastus-Jean Villemain e Henriette (Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel P. de Miranda, cap. 16). 7) Posição de Léon Denis (Espírito): É da Lei que os crimes cometidos na esfera física, no corpo somático, sejam ressarcidos. Por essa razão, o instituto da família é credor do mais elevado acatamento e a maternidade é sempre o venerando altar onde a vida se manifesta gloriosa, mesmo quando se trata de uma maternidade atormentada... Argumentam os partidários do controle da natalidade com os conceitos do Malthusianismo... Ora, os problemas da fome, da miséria, no Globo terráqueo, são essencialmente morais. A superabastança de uns engendra a infraposição econômica de muitos. A natalidade, como todos os fenômenos da vida organizada na Terra, está subordinada a Jesus, como responsável junto ao Excelso Pai. Todo atentado aos centros da fertilidade masculina ou feminina redundará, inevitavelmente, na esterilidade futura, com que o espírito renascerá. Neuroses, psicoses, desajustes familiares, casais sem filhos em dramas horrendos, são a colheita das medidas drásticas contra a Natureza. Concordando com Lamarque, segundo o qual "a função faz o órgão", sabemos que o uso ou desuso de um órgão implica, ine-vitavelmente, o desaparecimento de sua função... O lar abençoado por uma prole é templo dos pais e altar dos filhos, escola em que a humanidade cresce, guindando o ser ao ápice da destinação para a qual evolute: a perfeição! (Crestomatia da Imortalidade, cap. 14). Exemplo de que a natalidade é sempre útil à lei da evolução: Carlos Saint-G..., idiota (O Céu e o Inferno, segunda parte, cap. VIII). 8) Posição de Joanna de Ângelis: O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Entre abortar e usar o anticoncepcional, melhor este último. Os filhos, porém, não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio. Irrisão, porém, porquanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos. Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução, intrínseca e extrinsecamente. A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis. O uso dos anticonceptivos, mesmo quando considerado legal e higiênico, necessita possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada conseqüência ética. Antes de deliberar quanto à utilização deste ou daquele recurso anticonceptivo, no falso pressuposto de diminuir a densidade de habitantes no mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita, porque Deus a tudo provê (Após a Tempestade, cap. 10). 9) Posição de Divaldo Pereira Franco: "Quando se faz a colocação de que o planejamento familiar é menos grave do que o aborto, quer-se dizer que o ideal seria que os casais tivessem os filhos que lhes fossem determinados. Argumenta-se, porém, que as pessoas devem ter os filhos que possam criar. No entanto, vivemos numa época, numa vida de relatividades. Os problemas econômicos que temos hoje ou a comodidade que hoje desfrutamos, possivelmente não serão os mesmos amanhã. Eu sou o 13o filho de uma família pobre, nascido na crise de 1929, exatamente quando meu pai perdeu os poucos bens que possuía e, não obstante, eu fui o único da família que estudou a Escola Normal, enquanto os meus irmãos, que nasceram num período econômico muito melhor, não quiseram estudar. Sabemos que o Espírito que se vai reencarnar também se faz acompanhar dos fatores que lhe propiciem os meios para que ele colime os resultados ideais. A posição seria difícil: que os nubentes, ao assumirem a responsabilidade da comunhão física, se preparassem para ter os filhos que a Divindade lhes determinasse. Mas, se eles podem programar a família dentro da técnica que melhor lhes pareça, porque é uma liberdade pessoal de escolha, já que as responsabilidades são dos cônjuges, eles têm esse direito. Segundo tenho aprendido com os Espíritos, o ideal seria que a progênie resultasse da responsabilidade assumida pelos consortes na união matrimonial, em número que a Divindade estabeleceu. É um problema, portanto, de consciência." (Entrevista ao jornal O IMORTAL, pág. 6, edição de junho/1984). Perguntei-lhe então: -Segundo esse conceito, um casal que não se preocupe em controlar a natalidade, terá os filhos previstos, nunca além? A resposta de Divaldo: "Pelo que me é dado entender, nunca além e, mesmo, nunca aquém, porque aqueles que forem impedidos de renascer pelos vínculos da carne virão por outros meios, noutras `carnes'. Serão a criança deixada à porta; o ventanista que se adentra no lar para buscar o que lhe foi negado; o delinqüente que assalta na rua, para tomar o que lhe deixaram de dar; a miséria social que a todos nos comprime, por causa do nosso egoísmo que, negando-lhes oportunidade de uma vida digna, permite que venham tomar pela violência... É da Lei o respeito ao direito da vida. Então, nesse livre arbítrio, está também o determinismo das leis que propõem as conjunturas evolutivas, permitindo que renasçamos não com aqueles que merecemos, mas com aqueles de quem necessitamos para evoluir" (Jornal O IMORTAL, pág. 7, edição de junho/1984). Em resumo: Resposta à questão no. 1 - A) O uso de contraceptivos pode efetivamente criar obstáculos à concreti-zação de compromissos reencarnatórios, porquanto dificultam o renascimento de Espíritos vinculados ao casal. B) Em face disso, o Espiritismo desaconselha a utilização rotineira e indiscriminada de medi-das contraceptivas, sem um motivo justo moralmente aceitável. C) Isso não invalida a idéia de que o casal possa, em determinadas condições, utilizar-se de métodos anticoncepcionais, sempre em caráter provisório, objetivando coincidir o início da gravidez com momentos que lhe pareçam mais adequados. Resposta à questão no. 2 - Conseqüências do uso injustificado dos métodos contraceptivos: A) Adia-mento das experiências programadas, com um possível agravamento das provas. B) Lesão do corpo espiritual, dependendo do método utilizado, do grau de conhecimento da falta e da intenção do agente, podendo acarretar infertilidade, doenças genésicas variadas etc. C) Repercussões negativas no psi-quismo das pessoas envolvidas, podendo desencadear patologias emocionais. D) Obsessão por parte dos que, diante da rejeição, podem eventualmente desencadear um processo de constrição mental ne-gativo. Em face do exposto, se necessário valer-se do método contraceptivo, deve-se dar preferência aos métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura, coito interrompido) ou aos métodos de barreira (condom, diafragma etc.), por serem menos lesivos para a organização física e, conseqüentemente, para o organismo perispiritual. Exemplo de que a maternidade possibilita também o reencontro de seres atormentados que um dia se amaram na Terra: "O Filho Excepcional" (Na Era do Espírito, cap. 24, págs. 138 a 141).

HOMOSSEXUALISMO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Toda a problemática sexual radica-se no Espírito, não no corpo É possível a uma pessoa mudar sua orientação sexual? Dr. Robert Spitzer, médico psiquiatra ameri-cano, docente na Universidade Colúmbia, diz que sim e afirma que para isso basta ter disposição. Em estudo apresentado durante o encontro anual da Associação Americana de Psiquiatria realizado em 2001, o referido médico revelou que 66% dos homens e 44% das mulheres por ele tratados conseguiram, efetivamente, com sua ajuda, mudar de orientação sexual, passando de homossexuais a heterossexuais. A revista Veja de 16 de maio de 2001 trouxe informações sobre esse estudo. A tese do Dr. Spitzer confirma o que Dr. Jorge Andréa escreveu em 1980, ou seja, que é possível ao homossexual – que o queira – tratar-se e ter um relacionamento estável com pessoas de sexo diferente. Para conseguir isso, é preciso em primeiro lugar – além da vontade – abster-se dos relacionamentos ho-mossexuais. A conclusão do estudo não implica dizer seja o homossexualismo uma doença, um desvio de condu-ta ou uma simples opção sexual. A questão, em verdade, está intimamente ligada ao Espírito e nada tem que ver com o corpo em si. Para melhor compreensão do assunto, vejamos de forma sintética o que Emmanuel afirma em seu livro Vida e Sexo, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier: 1. Quando errante, pouco importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher. “O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar”, afirmam os imortais em “O Livro dos Espíritos”, questão no 202. (Pág. 89.) O Espírito passa por fieira imensa de reencarnações 2. A homossexualidade, hoje chamada também transexualidade, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos de base materialista, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação. (Pág. 89.) 3. Embora a sociedade terrena seja constituída, em sua maioria, por criaturas heterossexuais, o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiências dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos aos heterossexuais. (Págs. 89 e 90.) 4. A vida espiritual pura e simples rege-se por afinidades eletivas essenciais; contudo, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fieira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. (Pág. 90.) 5. O homem e a mulher serão, assim, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentua-damente feminina, sem especificação psicológica absoluta. Em face disso, a individualidade em trânsito da experiência feminina para a masculina, ao envergar o corpo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese o corpo de formação masculina que a segregue, verificando-se o mesmo com referência à mulher em igual situação. (Pág. 91.) O Espírito pode reencarnar em corpo masculino ou feminino 6. O Espírito, ao renascer entre os homens, pode, obviamente, tomar um corpo feminino ou mascu-lino, atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, ou ao cumpri-mento de obrigações regenerativas. (Pág. 91.) 7. O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, é em muitos casos induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, ocorrendo o mesmo com a mulher que tenha agido de igual modo. (Pág. 91.) 8. Em muitos casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores espirituais que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. (Págs. 91 e 92.) 9. Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual, sabendo-se que todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um. (Pág. 92.) Apesar de minucioso e adaptado às necessidades correntes, o texto acima transcrito é um desenvol-vimento dos ensinamentos que Allan Kardec apresenta na Revista Espírita de 1866, que o leitor poderá conferir no texto abaixo. A questão sexual segundo o Codificador do Espiritismo Na Revista Espírita de 1866, Allan Kardec escreveu: 1. O Espiritismo ensina que as almas podem animar corpos de homens e mulheres. As almas ou Es-píritos não têm sexo; as afeições que os unem nada têm de carnal; fundam-se numa simpatia real e, por isso, são mais duráveis. (Págs. 2 e 3.) 2. Os sexos só existem no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Es-píritos não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (Págs. 2 e 3.) 3. A natureza fez o indivíduo do sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Aos homens e às mulheres são, assim, assinados pela Providência deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas, pois eles se completam um pelo outro. (Págs. 3 e 4.) Mudando de sexo, o Espírito poderá conservar as inclinações anteriormente cultivadas 4. A influência que o Espírito encarnado sofre do organismo não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perdemos instantaneamente os gostos e hábitos terre-nos. Pode acontecer ainda que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que durante muito tempo possa conservar, na erraticidade, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. (Pág. 4.) 5. Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o fato se dá também quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Mudando de sexo, poderá então conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. (Pág. 4.) Por anomalias aparentes, podemos entender o fato de existirem mulheres másculas que se compor-tam como verdadeiros homens, e vice-versa, independentemente de manterem ou não relações sexuais. (Marcelo Borela de Oliveira)

quinta-feira, 22 de março de 2012

SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM: DA PROIBIÇÃO DE ENVOCAR OS MORTOS

SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM: DA PROIBIÇÃO DE ENVOCAR OS MORTOS: DA PROIBIÇÃO DE EVOCAR OS MORTOS Allan Kardec 1. - A Igreja de modo algum nega a realidade das manifestações. Ao contrário, como vimos nas ...

MOLÉSTIA DA ALMA

Moléstia da Alma. Expandindo nossos horizontes: Sei que a fogueira da aflição queima junto a seu peito e você sente estranha aura ao redor de sua mente. Enquanto você não assumir a responsabilidade por tudo o que lhe está acontecendo, não encontrará a verdadeira cura para sua alma. Não se deve criar um mundo de explicações falsas, culpando os espíritos pela infelicidade e desarmonia vivenciadas. Isso é distorcer o real sentido dos acontecimentos, sob pena de nada aprender sobre si mesmo. Aceitar a total responsabilidade por sua vida é a forma mais fácil de resolver essas dificuldades íntimas, mas certamente é uma tarefa que não se realiza da noite para o dia. A auto-responsabilidade e o significado verdadeiro das coisas submetem-se mutuamente; são itens existenciais inseparáveis. Obsessão é a moléstia da alma. Quando você compreender a simultaneidade que existe entre as influências espirituais negativas e seus atos e pensamentos íntimos, mais rapidamente dissolverá o elo existente entre eles. A lei da compensação se perpetua até que o homem tenha resolvido suas ações equivocadas e se engajado no legitimo fluxo das leis universais. Para cada conduta ou atitude errada a natureza solicita uma contra-ação que a equilibre. Na vida estamos tecendo uma malha existencial. A cada nova situação se interligam os fios que começamos a utilizar nas experiências anteriores. Não podemos simplesmente anular o passado, mais podemos reformulá-lo e redirecioná-lo para a luz. O percurso de um novo dia é, inevitavelmente, influenciado pelas experiências e ações dos dias precedentes. A aflição para você tem sabor de eternidade, mas em breve, poderá desaparecer. Basta procurar nos princípios espíritas os apontamentos lógicos e a exata orientação de que necessita para se libertar do desequilíbrio mental/emocional – causa primaria de sua obsessão. As reuniões mediúnicas auxiliarão em muito a higienizar e restaurar a atmosfera fluídica de sua aura, contaminada por energias deletérias ali armazenadas. Provavelmente, serão afastadas as entidades que atuam no seu dia-a-dia; abandonando suas limitações, elas ou outras companhias desagradáveis poderão retornar. Sua mente guarda, zelosamente, fatos, informações idéia e conceitos. Sua memória é o registro fiel de tudo quanto ocorreu com você através dos tempos, tanto no corpo físico como fora dele. Você cria a própria realidade com sua mente. Na verdade, você “veste” as emoções e os pensamentos dos espíritos e coopera na assimilação das sensações aflitivas lançadas sobre seu corpo astral. Você é um canal de expressão, e em sua intimidade, estão todas as matrizes de seus desarranjos. Suas emoções são semelhantes as fases da lua: ora “crescente”, ora “minguante”. Não se esqueça também de que você é o único responsável pelas forças negativas que sugam suas energias e tentam dominar sua casa mental. Não existe fatalidade em sua vida, apenas atração e repulsão, conforme afinidade. Na esfera física como na espiritual só se percebe e age como um espaço delimitado, quer dizer, cada pessoa atua segundo seu grau de consciência ou em consonância à sua faixa vibratória. Na esquina da vida, você é pedinte que suplica a esmola da paz. Mas lembre-se igualmente que és uma usina de forças, recebendo, doando, e assimilando o magnetismo de outros seres, encarnados ou não. Os espíritos desequilibrados que estão a seu redor apenas exploram suas fraquezas. Buscam pontos vulneráveis, envolvendo-o negativamente em seu baixo padrão vibracional. Portanto, ninguém tem o poder de transformar sua mente, a não ser que você ceda diante da perturbação. Quando você diz que é um ser humano bom, que nunca faz mal a ninguém, acredita estar vivendo um ato de injustiça. Porventura, já se perguntou: faço mal a mim mesmo? Será que respeito meus direitos pessoais? Considero minhas necessidades tão importantes quanto as dos outros? Para você se livrar das agressões dessas entidades, procure encontrar a área da sua vida que esta mais insegura e fragilizada. Reforce-a inicie um trabalho interior. Desfaça a necessidade de querer dos outros o que deve providenciar por si mesmo. Isso o aproximará da libertação. Pouco a pouco, a aflição que lhe atormenta os sentidos esvairá, e experimentará uma força nova que brotará do seu interior, equilibrando seus sentimentos descompensados. Do Livro: Conviver e Melhorar – Francisco do Espírito Santo Neto.

A ALEGRIA

A alegria Quando o homem faz iluminação interior, otimiza a vida, cadencia seus passos, avalia cada segundo de sua existência, é feliz, muito feliz na felicidade que produz ao próximo. Sabe traduzir o seu pensamento feliz em gestos de engrandecimento à pessoa humana, faz identidade, solidariedade, dignificando a todos, com prazer. Suaviza as suas palavras, abranda seu coração, alimenta, constrói o mundo pelo amor; está sempre caminhando na integração com todos. A cada segundo, coloca sua energia, sua consciência, na construção do bem, pois sabe que todas as grandes transformações operadas pelo conhecimento humano se devem ao equilíbrio mental, espiritual e moral do homem. Trabalha com afinco, está livre da angústia, da miséria, da vacilação, uma vez que repousa o seu pensamento no sentido da construção humana, da liberdade, do bem, da justiça e da harmonia. É sensível ao diálogo, procura sempre o entendimento, tem boa vontade, é fraterno com todos. No exercício do cotidiano está sempre pronto a descobrir e viver o lado bom da vida, elevando o espírito humano acima das provações, da dor, do sofrimento e das angústias; sua vida é um cântico de agradecimento a Deus. A sua potencialidade aumenta pela força, pela disciplina, fazendo auto-estima, esperança, autoconfiança, exercitando o autoconhecimento. O homem espiritualizado não é triste, deprimido, entediado, tem confiança em si mesmo, fé no Creador, respeitando o próximo e procurando compreender a diversidade humana. A força da alegria transforma a vida humana, direcionando-o para paragens que são estímulos ao trabalho e à dedicação ao bem. A alegria no coração humano foi, é e será sempre poderosa alavanca evolutiva para o moral, o espiritual e o caráter do homem. A certeza que o homem espiritualizado tem da vida eterna, o liberta de tudo o que possa magoá-lo, ferí-lo, desagradá-lo no trânsito evolutivo da Terra. Quem faz, vive o processo construtivo da alegria, tem consciência crítica de que o futuro só lhe reserva luz, esperança, dignidade, paz. O homem espiritualizado, educado, portanto com uma boa formação cultural e moral, tem o dever de fazer autodisciplina, autoconhecimento, aprendizado permanente, expressando em todas as situações da existência, o prazer, a alegria de viver, a fé no Creador, a certeza de que todas as experiências são forças evolutivas do espírito. Esperança, alegria, jubilo. Mensagem extraída do livro: “HORIZONTES DA ALMA

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mensagens de MEIMEI: Confia Sempre

Mensagens de MEIMEI: Confia Sempre: Confia Sempre Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a po...