terça-feira, 17 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

DECISÃO DO SUPREMO:ANENCEFALIA- DIREITO DE MATAR(aborto)

Esta semana o supremo decidiu por 8votos conta 1 dá a mãe das crianças diagnosticadas com anencefalia o direito de abortar essas crianças que para muito seriam uma forma de sofrimento para os pais.Agora essa nova decisão dá o direito de os pais "matarem" seu filho só porque nasceu doente.O homem acha que tem o direito de brincar de ser Deus e decretar a morte de crianças que não podem nem no minimo se defenderem.Esses país abortarão os filhos que Deus ofereceu a sua confiança.Sabemos que o espírito é eterno e conhecemos a lei da reencarnação.Essa nova vida para esses irmãos serve como prova ou espiação tanto para o espírito reencarnante como para os próprios pais.O acaso não existe como disse o codificador da Doutrina Espírita.No mundo espiritual tanto os pais como o espírito reencarnante assumiram o compromisso nesta vida de de juntos passarem pelas lutas nesta vida.Os pais segundo a ótica espírita não tem o direito de abortarem seus filhos que nasceram com problemas no corpo físico.Hoje são os anencéfalos e amanham quem serão?
Chegará o dia em que os país pedirão o direito de abortarem os filhos quando descobrirem que estes tem problemas cardíacos,doenças metabólicas e muitas outras.Será que não queremos ter trabalho com crianças enfermas no recinto doméstico?
Ou será que sonhamos apenas com filhos fortes e robustos?Esquecemos que amanhã tal o qual patologia pode se desenvolver.E que a doença muita das vezes não está no corpo físico e sim no perispírito.Hoje o aborto para os anencéfalos foi liberado pelos homens,todavia para a justiça divina constitui ainda um crime em que os país terão que responder diante de suas conciencias e do Criador.
E Deus em sua sublime inteligência punirá queles que não respeitarem o mandamento:NÃO MATARÁS!
VANCESLAUS

segunda-feira, 9 de abril de 2012

DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

A CORAGEM DA FÉ "Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana. Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez das tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual muro de aço, resistiria a todos os ataques. Entretanto, amigo, se a tua coragem ainda não desfaleceu sob a tarefa tão pesada que aceitaste, fica sabendo que foste feliz até ao presente, mas que é chegada a hora das dificuldades. Sim, caro Mestre, prepara-se a grande batalha; o fanatismo e a intolerância, exacerbados pelo bom êxito da tua propaganda, vão atacar-te e aos teus com armas envenenadas. Prepara-te para a luta." (Allan Kardec, mensagem para, Paris, 14 de setembro de 1863, in Obras Póstumas). RECURSOS MATERIAIS Perguntou-me alguém certo dia, sem curiosidade, bem entendido, por mero interesse pela coisa em si, o que eu faria de um milhão de francos, se o tivesse. Respondi-lhe que, presentemente, o emprego dessa soma teria de ser totalmente diverso do que houvera sido no princípio. Outrora, eu com ela teria feito a propaganda, mediante larga publicidade; agora, reconheço que isso seria inútil, pois que os nossos adversários se encarregaram de custeá-la. Não me pondo então à disposição grandes recursos, os Espíritos quiseram provar que o Espiritismo devia seus triunfos à sua própria força. «Hoje, ampliado como está o horizonte e quando, sobretudo, o futuro se desdobrou, são de ordem muito diferente as necessidades que se fazem sentir. Um capital, como o figurado, teria emprego mais útil. Sem entrar em pormenores que seriam prematuros, direi apenas que uma parte se destinaria a converter a minha propriedade numa casa especial de retiro espírita, cujos habitantes colheriam os benefícios da nossa doutrina moral; outra a constituir uma renda inalienável, destinada: 1º a manter o estabelecimento; 2º a assegurar uma existência independente àquele que me sucedesse e aos que o ajudassem no desempenho da sua missão; 39 a atender às necessidades correntes do Espiritismo, sem os riscos de auxílios eventuais, como sou obrigado a fazer, pois que a maior parte de seus recursos decorrem do meu trabalho, que terá termo. «Aí está o que eu faria; mas, se tal satisfação não me é dada, sei que, de um modo ou de outro, os Espíritos que dirigem o movimento proverão a todas as necessidades em tempo oportuno. Por isso, de forma nenhuma me inquieto e só me ocupo com o que, para mim, é o essencial: o acabamento dos trabalhos que me restam por terminar.» (Allan Kardec e a nova constituição, in Obras Póstumas). NA PROPAGANDA DA FÉ Per 361 – Na propaganda da fé, é justo que os espíritas ou os médiuns estejam preocupados em converter aos princípios da Doutrina os homens de posição destacada no mundo, como os juízes, os médicos, os professores, os literatos, os políticos, etc.? Emmanuel - Os espiritistas cristãos devem pensar muito na iluminação de si mesmos, antes de qualquer prurido, no intuito de converter os outros. E, ao tratar-se dos homens destacados no convencionalismo terrestre, esse cuidado deve ser ainda maior, porquanto há no mundo um conceito soberano de “força” para todas as criaturas que se encontram nos embates espirituais para a obtenção dos títulos de progresso. Essa “força” viverá entre os homens até que as almas humanas se compenetrem da necessidade do reino de Jesus em seu coração, trabalhando por sua realização plena. Os homens do poder temporal, com exceções, muitas vezes aceitam somente os postulados que a “força” sanciona ou os princípios com que a mesma concorda. Enceguecidos temporariamente pelos véus da vaidade e da fantasia, que a “força” lhes proporciona, faz-se mister deixa-los em liberdade nas suas experiências. Dia virá em que brilharão na Terra os eternos direitos da verdade e do bem, anulando essa “força” transitória. Ainda aqui, tendes o exemplo do Divino Mestre para todos os tempos, não teve a preocupação de converter ao Evangelho os Pilatos e os Ántipas do seu tempo. Além do mais, o Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo, não deve nutrir a pretensão de disputar um lugar no banquete dos Estados do mundo, quando sabe muito bem que a sua missão divina há de cumprir-se junto das almas, nos legítimos fundamentos do Reino de Jesus. (De “O CONSOLADOR”, Emmanuel, FCXavier) PROPAGANDA ESPÍRITA Emmanuel - "Decerto que a Doutrina Espírita é luz da Vida Maior, acenando às criaturas aprisionadas na sobra da experiência terrestre, para que despertem e vivam... Flama de verdade eterna a desfraldar-se, vitoriosa, reconstitui o Cristianismo em sua simplicidade, exumando o Evangelho das cinzas a que foi sentenciado pela incúria da tradição e pela casuística do sacerdócio... Por isso mesmo, todas as suas atividades puras são nobres e respeitáveis, seja na pompa fenomênica da experimentação multiforme em que o terreno das convicções sadias surge corretamente pavimentado para a segurança da fé, ou seja, em sua exposição filosófico-religiosa, em que a Justiça Divina se destaca, triunfante, alicerçada na soberania do discernimento e da lógica... Ainda assim, é preciso considerar que toda idéia salvadora reclama arautos que lhe substancializem as lições e o Espiritismo não pode efetivamente fugir à regra. Se foste, desse modo, chamado a servi-lo, em favor dos companheiros de Humanidade que clamam em desalento, por novas florações de fraternidade e esperança, não olvides que não te basta ao êxito nos compromissos abraçados a mera atitude intelectual dos que se convenceram quanto à imortalidade além-túmulo. É imprescindível te faças o pregoeiro diligente das realidades redentoras que te enriquecem o modo de ser, motivo pelo qual apenas a tua própria renovação para o bem será mensagem convincente para quantos te observam a vida. Versarás brilhantemente, os temas da Eternidade, discutirás com fervor, induzindo o próximo à modificação de pontos de vista, contemplarás, deslumbrado, as mais sublimes doações do Céu à Terra e guardarás contigo abençoadas certezas do espírito no rumo do amanhã que se te descerra divino, entretanto, só o teu próprio exemplo, ao clarão dos princípios que esposas, valorizará com segurança os recursos de que disponhas no campo de tua fé, porquanto somente a Luz na própria vida é linguagem suficientemente clara e exata para conduzir aos outros a Luz que o Senhor, através de nós, se propõe, generoso a cultivar e estender. (Emmanuel, de "Doutrina De Luz", Francisco Cândido Xavier). DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Emmanuel - "Quanto mais se aperfeiçoam no mundo as normas técnicas da civilização, mais imperiosas se fazem as necessidades do intercâmbio espiritual. À vista disso, nos mecanismos de propaganda, em toda parte, os mostruários do bem e do mal se misturam, estabelecendo facilitários para a aquisição de sombra e luz. Nesse concerto de forças que se entrechocam nas praias da divulgação, em maré crescente de novidades ideológicas, através das ondas de violentas transformações, a Doutrina Espírita é o mais seguro raciocínio, garantindo a alfândega da lógica destinada à triagem correta dos produtos do cérebro humano com vistas ao proveito comum. Daí a necessidade da divulgação constante dos valores espirituais, sem o ruído da indiscrição, mas sem o torpor do comodismo. Serviço de sustentação do progresso renovador. Quanto puderes, auxilia a essa iniciativa benemérita de preservação e salvamento. Auxilia a página espírita esclarecedora, a transitar no veículo das circunstâncias, a caminho dos corações desocupados de fé, à maneira de semente bendita que o vento instala no solo devoluto e que amanhã se transformará em árvore benfeitora. Ampara o livro espírita em sua função de mentor da alma, na cátedra do silêncio. Prestigie o templo espírita com o respeito e a presença, com o entendimento e a cooperação, valorizando-lhe cada vez mais a missão de escola para a Vida Superior. Como possas e quanto possas relaciona as bênçãos que já recebeste da Nova Revelação, reanimando e orientando os irmãos do caminho. Disse-nos Jesus: - “Não coloques a lâmpada sob o alqueire”. Podes e deves expor a tua idéia espírita, através da vitrine do exemplo e da palavra, na loja de tua própria vida, para fazê-la brilhar." --- (Do livro Cura - Autores Diversos - Psicografia de Francisco Cândido Xavier) A DIVULGAÇÃO ESPÍRITA André Luiz - "Há companheiros que se dizem contrários à divulgação espírita. Julgam vaidade o propósito de se lhe exaltar os méritos e agradecer os benefícios nas iniciativas de caráter público. Para eles, o Espiritismo fala por si e caminhará por si. Estão certos nessa convicção mas isso não nos invalida o dever de colaborar na extensão do conhecimento espírita com o devotamento que a boa semente merece do lavrador. - O ensino exige recintos para o magistério. O Espiritismo deve ser apresentado por seus profitentes em sessões públicas. - A cultura reclama publicações. O Espiritismo tem a sua alavanca de expansão no livro que lhe expõe os postulados. - A arte pede representações. O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza. - A indústria requisita produção que lhe demonstre o valor. O Espiritismo possui a sua maior força nas realizações e no exemplo dos seus seguidores, em cujo rendimento para o bem comum se lhe define a excelência. Não podemos relaxar a educação espírita, desprezando os instrumentos da divulgação de que dispomos a fim de estendê-la e honorificá-la. Allan Kardec começou o trabalho doutrinário publicando as obras da codificação e instituindo uma sociedade promotora de reuniões de palestras públicas, uma revista e uma livraria para a difusão inicial da Revelação Nova. Mas não é só. Que Jesus estimou a publicidade, não para si mesmo, mas para o Evangelho, é afirmação que não sofre dúvida. Para isso, encetou a sua obra aliciando doze agentes respeitáveis para lhe veicularem os ensinamentos e ele próprio fundou o cristianismo através de assembléias públicas. O "ide e pregai" nasceu-lhe da palavra recamada de luz. E compreendendo que a Boa Nova estava ameaçada pela influência judaizante em vista da comunidade apostólica confinar-se de modo extremo aos preceitos do Velho Testamento, após regressar às Esferas Superiores, comunicou-se numa estrada vulgar, chamando Paulo de Tarso para publicar-lhe os princípios junto à gentilidade a que Jerusalém jamais se abria. Visto isso, não sabemos como estar no Espiritismo sem falar nele ou, em outras palavras, se quisermos preservar o Espiritismo e renovar-lhe as energias, a benefício do mundo, é necessário compreender-lhe as finalidades de escola e toda escola para cumprir seu papel precisa divulgar." (André Luiz, Opinião Espírita, cap. 37, FCXavier, Editora CEC) DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Bezerra de Menezes: "Efetivamente , as vossas responsabilidades no plano terrestre vos concitam a trabalho árduo no que se refere à implantação das idéias libertadoras da Doutrina Espírita a que fomos traduzidos a servir. Em verdade, nós outros, os amigos desencarnados, até certo ponto, nos erigimos nos companheiros da inspiração, mas as realidades objetivas são vossas, enquanto desfrutardes as prerrogativas da encarnação. Compreendamos que a vossa tarefa na divulgação do Espiritismo é ação gigantesca, de que não vos será licito desertar. Nesse aspecto do assunto, urge considerarmos o impositivo da distribuição eqüitativa e plena dos valores espirituais, tanto quanto possível, em benefício de todos. Devotemo-nos à cúpula, de vez que em qualquer edificação o teto é a garantia da obra, no entanto, é forçoso recordar que a estrutura e o piso são de serventia preciosa, cabendo-lhes atender à vivência de quantos integram no lar a composição doméstica. Em Doutrina Espírita, encontramos a Terra toda por lar de nossas realizações comunitárias e, por isso mesmo, a cúpula das idéias é conclamada e benéfica, em auxílio da coletividade. Não vos isoleis em qualquer pontos de vista, sejam eles quais forem. Estudai todos os temas da Humanidade e ajustai-vos ao progresso cujo carro prossegue em marcha irreversível. Observai tudo e selecionai os ingredientes que vos pareçam necessários ao bem geral. Nem segregação sistemática na cultura acadêmica, nem reclusão absoluta nas afirmativas do sentimento. Vivemos um grande minuto na existência planetária no qual a civilização para sobreviver há de alçar o coração ao nível do cérebro e controlar o cérebro, de tal modo, que o coração não seja sufocado pelas aventuras da inteligência. Equilíbrio e justiça. Harmonia e compreensão. Nesse sentido, saibamos orientar a palavra espírita, no rumo do entendimento fraternal. Todos necessitamos de luz renovadora. Imperioso saber conduzi-la, através das tempestades que sacodem o mundo de hoje, em todos os distritos da opinião. Congreguemo-nos todos na mesma formação de trabalho, conquanto se faça imprescindível a sustentação de cada um no encargo que lhe compete. Nenhuma inclinação à desordem, a pretexto de manter coesão, e nenhum endosso à violência sob a desculpa de progresso. Todos precisamos penetrar no conhecimento da responsabilidade de viver e sentir, pensar e fazer. Os melhores necessitam do Espiritismo para não perder o seu próprio gabarito nos domínios da elevação. Os companheiros da retaguarda evolutiva necessitam dele para se alterarem de condição. Os felizes reclamam-lhe o amparo, a fim de não se desmandarem nas facilidades que transitoriamente lhes enfeitam as horas. Os menos felizes pedem-lhe o socorro, a fim de se apoiarem na certeza do futuro melhor. Os mais jovens solicitam-lhe os avisos para se organizarem perante a experiência que lhes acena ao porvir e os companheiros amadurecidos na idade física esperam-lhe o auxílio para suportarem com denodo e proveito as lições que o mundo lhes reserva na hora crepuscular. Tendes convosco todo um mundo de realizações a mentalizar, preparar, levantar, construir. Não nos iludamos. Hoje dispondes da ação, do corpo que envergais; amanhã seremos nós, os amigos desencarnados, que vos substituiremos na arena do serviço. A nossa interdependência é total. Ante a imortalidade, estejamos convencidos de que voltaremos sempre à retaguarda para corrigir-nos, retificando os erros que tenhamos, acaso, perpetrado. Mantenhamo-nos vigilantes. Jesus na Revelação e Kardec no Esclarecimento resumem para nós códigos numerosos de orientação e conduta. Estamos ainda muito longe de qualquer superação, à frente de um e de outro, porque, realmente, os objetivos essenciais do Evangelho e da Codificação do Espiritismo exigem ainda muito esforço de nossa parte para serem, por fim, atingidos. Reflitamos: sem comunicação não teremos caminho. Estudemos e revisemos todos os ensinos da Verdade, aprendendo a criar estradas espirituais de uns para os outros. Estradas que se pavimentem na compreensão de nossas necessidades e problemas em comum, a fim de que todas as nossas indagações e questões sejam solucionadas com eficiência e segurança. Sem intercâmbio não evoluiremos: sem debate, a lição estanque no poço da inexperiência, até que o tempo lhe imponha a renovação. Trabalhemos servindo e sirvamos estudando e aprendendo. E guardemos a convicção de que, na Bênção do Senhor, estamos e estaremos todos reunidos uns com os outros, hoje quanto amanhã, agora e sempre. (Bezerra de Menezes, mensagem recebida em 6.12.1969, psicografia Chico Xavier - Livro "Bezerra, Chico e Você") A propaganda doutrinária é a necessidade imediata do Espiritismo? Per 218 – A propaganda doutrinária para a multiplicação dos prosélitos é a necessidade imediata do Espiritismo? Emmanuel - De modo algum. A direção do Espiritismo, na sua feição do Evangelho redivivo, pertence ao Cristo e seus prepostos, antes de qualquer esforço humano, precário e perecível. A necessidade imediata dos arraiais espiritistas é a do conhecimento e aplicação legítima do Evangelho, da parte de todos quantos militam nas suas fileiras, desejosos de luz e de evolução. O trabalho de cada um na iluminação de si mesmo deve ser permanente e metodizado. Os fenômenos acordam o espírito adormecido na carne, mas não fornecem as luzes interiores, somente conseguidas à custa de grande esforço e trabalho individual. A palavra dos guias e mentores do Além ensina, mas não pode constituir elementos definitivos de redenção, cuja obra exige de cada um sacrifício e renúncias santificantes, no laborioso aprendizado da vida. (Emmanuel, in O Consolador, IV ILUMINAÇÃO). PALAVRA AOS ESPÍRITAS Emmanuel: "Espiritismo revivendo o Cristianismo — eis a nossa responsabilidade. Como outrora Jesus revelou a Verdade em amor, no seio das religiões bárbaras de há dois mil anos, usando a própria vida como espelho do ensinamento de que se fizera veículo, cabe agora ao Espiritismo confirmar-lhe o ministério divino, transfigurando-lhe as lições em serviço de aprimoramento da Humanidade. Espíritas! Lembremo-nos de que templos numerosos, há muitos séculos, falam dEle, efetuando porfiosa corrida ao poder humano, olvidando-lhe a abnegação e a humildade. E porque não puderam acomodar-se aos imperativos do Evangelho, fascinados que se achavam pela posse da autoridade e do ouro, erigiram pedestais de intolerância para si mesmos. Todavia, a intolerância é a matriz do fratricídio, e o fratricídio é a guerra de conquista em ação. E a lei da guerra de conquista é o império da rapina e do assalto, da insolência e do ódio, da violência e da crueldade, proscrevendo a honra e aniquilando a cultura, remunerando a astúcia e laureando o crime, acendendo fogueiras e semeando ruínas em rajadas de sangue e destruição. Somos, assim, chamados à tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos. É imprescindível estudar educando, e trabalhar construindo. Não vos afasteis do Cristo de Deus, sob pena de converterdes o fenômeno em fator de vossa própria servidão às cidadelas da sombra, nem algemeis os punhos mentais ao cientificismo pretensioso. Mantende o cérebro e o coração em sincronia de movimentos, mas não vos esqueçais de que o Divino Mestre superou a aridez do raciocínio com a água viva do sentimento, a fim de que o mundo moral do homem não se transforme em pavoroso deserto. Aprendamos do Cristo a mansidão vigilante. Herdemos do Cristo a esperança operosa. Imitemos do Cristo a caridade intimorata. Tenhamos do Cristo o exemplo resoluto. Saibamos preservar e defender a pureza e a simplicidade de nossos princípios. Não basta a fé para vencer. É preciso que a fidelidade aos compromissos assumidos se nos instale por chama inextinguível na própria alma. Nem conflitos estéreis. Nem fanatismo dogmático. Nem tronos de ouro. Nem exotismos. Nem perturbação fantasiada de grandeza intelectual. Nem bajulação às conveniências do mundo. Nem mensagens de terror. Nem vaticínios mirabolantes. Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec, sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno. O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol. Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental. Sigamos, pois, à frente, destemerosos e otimistas, seguros no dever e leais à própria consciência, na certeza de que o nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo está empenhado em nossas mãos." (Emmanuel, in Religião dos Espíritos, 27, FCXavier) DOUTRINA ESPÍRITA Emmanuel - "Toda crença é respeitável. No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade. Toda religião é sublime. No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia. Toda religião é santa nas intenções. No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor. Toda religião auxilia. No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada. Toda religião é conforto na morte. No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro. Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes. No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever. Toda religião exorciza os Espíritos infelizes. No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução. Toda religião educa sempre. No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face. Toda religião fala de penas e recompensas. No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina. Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã. No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula. Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento. «Espírita» deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda. «Espírita» deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências. «Espírita» deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo. «Espírita» deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres. Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas." (Emmanuel, in Religião dos Espíritos, 80, FCXavier) NA PROPAGANDA André Luiz - "Escudar-se na humildade constante, ao desenvolver qualquer atividade de propaganda doutrinária, evitando alarde, sensacionalismo, demonstrações publicitárias pretensiosas ou métodos de ação suscetíveis de perturbar a tranqüilidade pública. Sem orientação segura, não há propaganda produtiva. Com critério e temperança, estender a propaganda libertadora dos postulados espíritas até ao recesso das penitenciárias e das colônias de isolamento sanitário, sem depreciar crenças ou sentimentos. Os mais doentes requerem maior ajuda. Incentivar o intercâmbio fraterno entre as pessoas e as organizações doutrinárias, através de cartas e publicações, livros e mensagens, visitas e certames especializados, buscando a unificação das tarefas e o esclarecimento comum. A permuta de experiências equilibra o progresso geral. Pelo rádio ou pela imprensa leiga, não se estender demasiadamente, a fim de não afastar o aprendiz incipiente. A Doutrina deve ser ministrada em pequenas porções. Para não se desviar das finalidades espíritas, selecionar, com ponderação e bom senso, os meios usados na propaganda, mormente aqueles que se relacionem com atividades comerciais ou mundanas. Torna-se inútil a elevação dos objetivos, sempre que haja rebaixamento moral nos meios. Usar com prudência ou substituir toda expressão verbal que indique costumes, práticas, idéias políticas, sociais ou religiosas, contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, preferindo-se, em qualquer circunstância, o uso da terminologia doutrinária pura. Uma palavra inadequada pode macular a bandeira mais nobre. Arredar de si qualquer ansiedade, no tocante à modificação rápida do ponto de vista dos companheiros. A fé significa um prêmio da experiência. Conquanto precisemos batalhar incansavelmente no esclarecimento geral, usando processos justos e honestos, não esquecer que a propaganda principal é sempre aquela desenvolvida pelos próprios atos da criatura, através da exemplificação eloqüente de nossa reforma íntima, nos padrões do Evangelho. A Doutrina Espírita prescinde do proselitismo de ocasião. (André Luiz, in Conduta Espírita, W. Vieira)

DOUTRINA ESPÍRITA

DOUTRINA ESPÍRITA Emmanuel - "Toda crença é respeitável. No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade. Toda religião é sublime. No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia. Toda religião é santa nas intenções. No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor. Toda religião auxilia. No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada. Toda religião é conforto na morte. No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro. Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes. No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever. Toda religião exorciza os Espíritos infelizes. No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução. Toda religião educa sempre. No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face. Toda religião fala de penas e recompensas. No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina. Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã. No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula. Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento. «Espírita» deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda. «Espírita» deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências. «Espírita» deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo. «Espírita» deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres. Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas." (Emmanuel, i

A RELIGIÃO ESPÍRITA

A religião Espírita Posted on outubro 15th, 2010 by Editor in Doutrina Espírita, Princípios espíritas O Espiritismo é uma religião que vem apontar à humanidade novos caminhos em sua marcha para a Perfeição. Como suas irmãs mais velhas, traz-nos também um conjunto de revelações que contribuem para desenvolver-nos o sentimento e para nosso aprimoramento moral. A Religião Espírita inicia um movimento espiritual que visa a: 1º – Despertar no homem a certeza da imortalidade da alma; 2º – Libertar a consciência humana; 3º – Revelar a evolução permanente a que estão submetidos todos os seres; 4º – Explicar racionalmente o Evangelho de Jesus. Despertando a certeza da imortalidade de nossa alma, a Religião Espírita nos demonstra de onde viemos ao reencarnarmo-nos, para que fim viemos à Terra e para onde iremos após nosso desencarne. Iniciando a libertação da consciência humana, a Religião Espírita livra-nos dos dogmas, da incerteza ante o futuro depois da morte do corpo físico, descerrando-nos os horizontes vastos do porvir, cheios de vida, de beleza e de amor. Mostra-nos a Terra como uma escola abençoada, onde através do trabalho digno, do estudo sério, de uma vida honesta, do sofrimento suportado resignadamente, conquistaremos os dotes imperecíveis da Perfeição. Ensina-nos que depois da morte, isto é, do desencarne, não devemos ficar submersos na materialidade terrena, mas devemos continuar a lutar nobremente para atingirmos zonas mais aperfeiçoadas da vida. A Religião Espírita revela-nos que todos os seres, do mais ínfimo ao mais elevado, estão sujeitos à lei da evolução. Tudo evolve em busca de formas mais perfeitas, de vidas mais sublimes. E por fim a Religião Espírita nos explica racionalmente o Evangelho de Jesus, fazendo dele a lei moral que devemos observar em relação para com Deus, para com nossos semelhantes e para conosco mesmos. A Religião Espírita não é nada mais nada menos do que a restauração na face da terra do Cristianismo em toda sua simplicidade e pureza primitivas. Por isso seus templos são modestos, simples, singelos; não são templos de pedra a exprimirem a força da matéria triunfante; mas são locais de reuniões que convidam os homens a se libertarem, por instantes, da materialidade da vida diária e comungarem com a Espiritualidade Superior. A Religião Espírita não tem aparatos, nem pompas, nem suntuosidades, nem dogmas de espécies alguma. Tudo o que prega e o que ensina é facilmente compreendido por qualquer inteligência, mesmo pelas pouco cultivadas, uma vez que haja boa vontade e sadio interesse em aproveitar as lições. A Religião Espírita é constituída de duas partes que se entrosam harmoniosamente que são: o Cristianismo que é a doutrina de Jesus explanada em seu Evangelho; e o Espiritismo que é a doutrina dos espíritos. O Evangelho modela-nos o caráter; disciplinando-nos o sentimento. O Espiritismo mostra-nos o caminho percorrido e o ainda a percorrer em nossa marcha evolutiva. Fonte: extraído do livro “O Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti. Editora Pensamento.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SOPA FRATERNA BEZERRA DE MENEZES DE SIMPLICIO MENDES(PI)

No dia 02 de Abril de 2011 foi fundada na cidade piauiense de Simplicio Mendes a "Sopa Fraterna Bezerra de menezes pelo Grupo de Fraternidade Espírita a Caminho da Luz.A ativiodade foi fundada com o advento da realização da XII CONEF-Confraternização Encontro Fraternal que contou com o tema "amar o próximo como a si mesmo".A Sopa é realizada uma vez por mês nas regiões mais carentes da cidade.Todos os trabalhadores desta casa espírita de luz se fizeram presentes para doar amor e um pouco de seu tempo para os irmãos mais carentes.Hoje após um ano o gr4upo continua firme no ideal cristão de levar o pão material e espiritual ás famílias carentes da região.Uma vez por mês é escolhido um bairro para a realização da sopa fraterna.Geralmente a sopa é realizada no último dodingo de cada mês.Nesse dia é realizado também evangelização infanto-juvenil e também palestras evangélico-doutrinárias paras os adultos.Para os trabalhadores da casa espírita a Sopa fraterna bezerra de menezes é uma atividade especial não menosprezando as outras .Além de trabalhadores da casa espírita a sopa é realizada com a ajuda de simpatizantes da doutrina espírita que trabalham com muita alegria no dia da atividade.Agradecemos ao senhor e pedimos a espiritualidade maior que ilumine a todos os irmãos dessa casa espírita para que essa atividade de luz possa sempre ser realizada em prol de nossos irmãos mais necessitados.E que o lema Deus,Cristo e Caridade seja expandido por toda a cidade e região.

OS BONS ESPIRITAS

Os Bons Espíritas O Espiritismo bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, conduz forçosamente aos resultados acima, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão, pois um e outro são a mesma coisa. O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam. Muitos, porém, dos que crêem na realidade das manifestações, não compreendem as suas conseqüências nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. Por que acontece isso? Será por uma falta de precisão da doutrina? Não, porque ela não contém alegorias, nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é isso que lhe dá força, para que atinja, diretamente a inteligência. Nada tem de mistérios, e seus iniciados não possuem nenhum segredo que seja oculto ao povo. Seria necessária, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, pois vêem-se homens de notória capacidade, que não a compreendem, enquanto inteligências vulgares, até mesmo de jovens que mal saíram da adolescência, apreendem com admirável justeza as suas mais delicadas nuanças. Isso acontece porque a parte, de qualquer maneira, material da ciência, não requer mais do que os olhos para ser observada, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, que podemos chamar de maturidade do senso moral, maturidade essa independente da idade e o grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, num sentido especial, do espírito encarnado. Em algumas pessoas, os laços materiais são ainda muito fortes, para que o espírito se desprenda das coisas terrenas. O nevoeiro que as envolve impede-lhes a visão do infinito. Eis por que não conseguem romper facilmente com os seus gostos e os seus hábitos, não compreendendo que possa haver nada melhor do que aquilo que possuem. A crença nos Espíritos é para elas um simples fato, que não modifica pouco ou nada as suas tendências instintivas. Numa palavra, não vêem mais do que um raio de luz, insuficiente para orientá-las e dar-lhes uma aspiração profunda, capaz de modificar-lhes as tendências. Apegam-se mais aos fenômenos do que à moral, que lhes parece banal e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente as iniciem em novos mistérios, sem indagarem se tornaram dignas de penetrar os segredos do Criador. São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções. Não obstante, a simples aceitação da doutrina em princípio é um primeiro passo, que lhes facilitará o segundo, numa outra existência. Aquele que podemos,com razão, qualificar de verdadeiro e sincero espírita, encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar-lhe as fibras, que nos outros permanecem mudas; numa palavra: foi tocado no coração, e por isso a sua fé é inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes; o outro, apenas ouve os sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.

A PIEDADE-EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos. É a irmã de caridade que vos conduz para Deus. Ah!, deixai vosso coração enternecer-se, diante das misérias e dos sofrimentos de vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que derramais nas suas feridas. E quando, tocados por uma doce simpatia, conseguis restituir-lhes a esperança e a resignação, que ventura experimentais! É verdade que essa ventura tem um certo amargor, porque surge ao lado da desgraça; mas se não apresenta o forte sabor dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio deixado por estes; pelo contrário, tem uma penetrante suavidade, que encanta a alma. A piedade, quando profundamente sentida, é amor: o amor é devotamento é o olvido de si mesmo; e esse olvido, essa abnegação pelos infelizes, é a virtude por excelência, aquela mesma que o divino Messias praticou em toda a sua vida, e ensinou na sua doutrina tão santa e sublime. Quando essa doutrina for devolvida à sua pureza primitiva, quando for admitida por todos os povos, ela tornará a Terra feliz, fazendo reinar na sua face à concórdia, a paz e o amor. O sentimento mais apropriado a vos fazer progredir, domando vosso egoísmo e vosso orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade, essa piedade que vos comove até as fibras mais íntimas, diante do sofrimento de vossos irmãos, que vos leva a estender-lhes a mão caridosa e vos arranca lágrimas de simpatia. Jamais sufoqueis, portanto, em vossos corações, essa emoção celeste, nem façais como esses endurecidos egoístas que fogem dos aflitos, para que a visão de suas misérias não lhes perturbe por um instante a feliz existência. Temei ficar indiferente, quando puderdes ser úteis! A tranqüilidade conseguida ao preço de uma indiferença culposa é a tranqüilidade do Mar Morto, que oculta na profundeza de suas águas a lama fétida e a corrupção. Quanto a piedade está longe, entretanto, de produzir a perturbação e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Não há dúvida que a alma experimenta, ao contato da desgraça alheia, confrangendo-se, um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas compensação é grande, quando conseguis devolver a coragem e a esperança a um irmão infeliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e recolhimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar ao céu, agradecendo por lhe haver enviado um consolador, um amparo. A piedade é a melancólica, mas celeste precursora da caridade, esta primeira entre as virtudes, de que ela é irmã, e cujos benefícios prepara e enobrece.

JESUS SEGUNDO A DOUTRINA ESPIRITA

Quem é Jesus e qual a sua missão Segundo espiritismo? "625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? ' Jesus.' Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava." Jesus Cristo é o Messias divino e sua palavra é a verdade. O Espiritismo apenas admite o seu caráter humano, e isso em nada pode ser tomado como absurdo. Rejeitando o dogma da divindade de Jesus, o Espiritismo nega somente o que resultou da elaboração de mentes humanas (ratificada apenas no Concílio de Nicéia, em 325 d.C.) na composição de uma teologia que expressa, nesse particular como em muitos outros, uma posição contrária ao pensamento do próprio Cristo, uma vez que ele mesmo se coloca em posição de inferioridade em relação a Deus, subordinado a Ele, e se declarando como Seu enviado, como demonstrado pelos versículos abaixo: João 14:28 - Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu. João 5:30 - Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma ; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. João, 7:28 - Jesus, pois, levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: Sim, vós me conheceis, e sabeis donde sou; contudo eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis . João 12:49-50 - Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou. Lucas 13:33 - Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte; porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém. João 14:24 - Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou. João, 8:28-29 - Prosseguiu, pois, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo. E aquele que me enviou está comigo; não me tem deixado só; porque faço sempre o que é do seu agrado . Lucas 22:41-42 - E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. João 20:17 - Disse-lhe Jesus: deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus . ! Todas palavras do próprio Cristo expressas nessas passagens seleccionadas ! Palavras repetidas várias e várias vezes nos Evangelhos por Jesus! Como negá-las? Daremos a Jesus um atributo que ele próprio negou de forma tão clara e veemente, sem uso de alegorias, por diversas vezes? Quem, mais do que ele, poderia saber sobre sua própria natureza? Os teólogos? Em sendo tão repetitivo se declarando, de forma totalmente espontânea, inferior a Deus e como sendo o Seu enviado, nos chega o pensamento que ele sabia o que seria feito pelo homem mais a frente e, por isso, tratou de ser enfático neste ponto Para finalizar, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, para elucidar o que Jesus representa para os espíritas: “mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humano.

A REENCARNAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO

A reencarnação segundo o Evangelho “O que é nascido na carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito”. (João, 3:6) A Reencarnação, como vimos, é combatida pelas religiões dogmáticas, com críticas sem fundamento, com argumentos que não resistem a uma análise mais profunda embasada na razão e no bom senso, que se enquadre na justiça de Deus. Jesus não utilizou a palavra reencarnação nos seus ensinamentos, mas o conceito em si era do conhecimento de seus discípulos. Vamos trazer algumas citações dos Evangelhos, que nos sugerem reencarnação: Jesus interroga os discípulos Jesus questiona os discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam-lhe: Uns dizem: João Batista; outros, Elias; e outros Jeremias, ou um dos profetas”. Pela resposta dada pelos discípulos, excetuando João Batista (que era contemporâneo de Jesus), percebe-se que eles, ao tentar identificar Jesus com alguns dos profetas do passado, vinculados à vida religiosa do povo hebreu, referiam-se a que uma das pessoas citadas poderia ter reencarnado na pessoa de Jesus. Sacerdotes e levitas interrogam João Batista “Perguntaram-lhe: então, quem és? És tu Elias?” (...). Como os sacerdotes e levitas poderiam perguntar a João Batista, se ele era Elias? Só tendo familiaridade com a reencarnação, pois pensavam que Elias poderia ter voltado no corpo de João Batista, já que havia previsão de sua volta. Passagem sobre o cego de nascença Quando Jesus ia passando, viu um homem, cego de nascença. “Os discípulos perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais, mais isto aconteceu para que se manifestasse nele as obras de Deus”. Naturalmente, perguntando quem pecou para que ele nascesse cego, está claro que eles estavam relacionando o sofrimento atual do corpo, com os atos cometidos em vida passada. Elias, a reencarnação de João Batista (Após a transfiguração) . E os discípulos lhe perguntaram dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas ele, respondendo, lhes disse: “Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas; digo-vos, porém que Elias já veio e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Então os discípulos compreenderam que de João Batista é que ele lhes falará”. Ai está, com todas as letras, que João Batista foi a encarnação de Elias. Veja agora a interpretação dogmática e literal do texto acima feita por um pastor evangélico: “Se a reencarnação é um corpo com o espírito de outro que já morreu, João não podia ser reencarnação de Elias; pois Elias, segundo o texto bíblico, não morreu: foi tomado vivo e ‘subiu ao céu num redemoinho”. Para admitir sua reencarnação, teríamos que afirmar o inaceitável, que Elias, após subir vivo ao céu, sem passar pela morte na Terra, tenha morrido no céu, para se reencarnar em João”. Dá pra aceitar um imbróglio desde, pautado numa interpretação ilógica, que não passa pelo crivo da ciência e da razão: subir em corpo e alma para o céu! Ë a fé mística, sem qualquer suporte científico. Aceite-se se quiser! Célebre diálogo de Jesus com Nicodemos (...) Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: Necessário é vos nascer de novo”. (João, 3:5-7). A palavra do Mestre, neste diálogo com Nicodemos, sugere-nos, claramente, o entendimento de que está falando de reencarnação, mas como o nascer de novo pela reencarnação, tem por objetivo a evolução da alma em atendimento à lei do progresso, podemos ainda, por extensão, dizer que durante as varias existências reencarnatórias o Espírito tem que nascer de novo (renovar), em todas as oportunidades da vida para desenvolver o Reino de Deus. Vários foram os personagens da história bíblica, que ao reencarnarem, naquela época, com determinada missão, nasceram de novo, isto é, transformaram radicalmente suas vidas, de tal sorte que tiveram um novo nascimento, pois passaram a agir de forma totalmente diversa daquela, que então, possuíam, como o caso de Paulo de Tarso, Maria de Magdala, Zaqueu etc... Na parte do diálogo em que Jesus disse: “O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito”, interpreta-se com suficiente clareza a idéia do nascer de novo na carne, ou seja, reencarnar. O nascimento na carne é um fenômeno biológico, semelhante ao que ocorre nos animais e o nascimento do Espírito é um fenômeno próprio dos seres humanos e ocorre pela reencarnação. Saliente-se, porém, que o Espírito tem sua gênese no principio espiritual, fazendo, a partir daí, toda uma trajetória evolucionista através dos reinos inferiores da natureza, até atingir o estado hominal, onde passa a ocupar sucessivamente vários corpos humanos com objetivo de progredir ética, moral e intelectualmente. Isto é realizar em si o Reino de Deus. A reencarnação é uma lei universal. Disse um filósofo que se não existisse, precisaria inventá-la, pois sem ela, no dizer de Emmanuel “a existência terrena representaria um turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho”. Deus é misericórdia e quer que todos os seus filhos alcancem, o Reino de Deus – a regência do nosso mundo interior pelas leis divinas – por isso sua correção é sempre pautada no amor. Ao invés de pena eterna, sem remissão, apregoada pelos defensores da unicidade da existência, permite que os infratores de suas leis reencarnem em nova roupagem e retornem ao palco da existência terrena e se reconciliem uns com os outros. Livro = Nascer de novo...Para ser feliz, José Lázaro Boberg. Citações: Mateus, 16:13-14 João, 1:21. Mateus, 17:10-13. 2 Reis, 2:11 Xavier, Francisco C. Caminho, Verdade E vida, p. 235.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O QUE É E O QUE NÃO É O ESPIRITISMO

SOCIEDADE ESPIRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM-Brasília-Planaltina(DF) Existe uma confusão muito grande a respeito do que é ou não é Doutrina Espírita ou Espiritismo. Isto porque há pessoas que não sabem que as palavras "espírita" e "espiritismo" foram criadas em 1857, na França, pelo codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec. Somente deveriam utilizarem-se destes termos os locais religiosos ou pessoas que seguissem os postulados desta doutrina. Assim, cultos e religiões que de alguma forma têm em suas práticas a comunicação de Espíritos e a crença na reencarnação são confundidas erroneamente com o Espiritismo. Na verdade, embora mereçam todo o respeito dos espíritas verdadeiros, estas seitas são adeptas do espiritualismo ou esoterismo, e não do Espiritismo. Todos aqueles que acreditam na existência do Espírito são espiritualistas. Mas nem todos os espiritualistas são espíritas, praticantes do Espiritismo. Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita e no Evangelho de Jesus. Geralmente, os locais espíritas recebem o nome de: Centro, Grupo, Casa, Sociedade, Instituição ou Núcleo Espírita. Deve ser legalmente constituído, de acordo com as leis vigentes no país em que está instalado. Mesmo ostentando este nome, quem os visita necessita estar atento para quais as atividades e as formas como as mesmas são praticadas por seus dirigentes e auxiliares (veja o que um centro espírita faz). Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, mostraremos abaixo o que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira. Palestras: todo centro espírita tem o seu momento de esclarecimento doutrinário. As exposições geralmente são sobre a Codificação espírita e o Evangelho de Jesus, em uma ligação direta com nosso cotidiano. Não há nenhum ritual antes dos trabalhos, a não ser uma prece evocando a proteção de Jesus e dos bons Espíritos (geralmente, a oração é feita em pensamento). Em algumas oportunidades, antes ou no final das palestras, alguns grupos fazem a apresentação de corais musicais, quase sempre formados por grupos de jovens. Porém, este tipo de procedimento não é aconselhável, sendo indicado que seja praticado em datas e horários diferentes dos trabalhos espirituais e de esclarecimento ao público, exatamente para se evitar confusões e mal-entendidos. Explanações e orações ao som de músicas, batuques, atabaques: o Espiritismo não utiliza instrumentos musicais para exortar o público ou evocar Espíritos. Não há o uso de qualquer instrumento durante os trabalhos. Trajes normais: os trabalhadores de uma casa espírita trajam-se normalmente, de forma simples. A discrição deve fazer parte dos que trabalham no local, pois ali estão para auxiliar as pessoas que buscam orientação para seus problemas materiais e espirituais. Trajes especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia das seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares, vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita. Inexistência de rituais, amuletos e imagens: o verdadeiro centro espírita não pratica em suas atividades nenhum tipo de ritual. A Doutrina Espírita segue o que o Mestre Jesus ensinou: que Deus é Espírito, e deve ser adorado em espírito e verdade. Portanto, sem a necessidade de nada material para contatarmos com a espiritualidade. Presença de rituais como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão ou louvar os responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar levantando e sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras (mantras) para evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas não são encontradas imagens de santos ou personalidades do movimento espírita, amuletos de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e tudo o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo espiritual. Animais para sacrifício: o local que possui este tipo de prática ou decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de sacrifício animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos atrasados, ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem prejudicar a vida de quem dá ouvidos aos seus baixos desejos. Comunicação particular com os Espíritos: os grupos espíritas têm reuniões específicas e íntimas para que os trabalhadores da casa, aptos e preparados durante longos estudos para tal, possam comunicar-se com os Espíritos. E através deles, obter informações do mundo espiritual, orientações e mesmo ajudar no afastamento de perturbações espirituais que porventura estejam prejudicando alguém. Todo este cuidado baseia-se na orientação dos próprios Espíritos superiores, responsáveis pela elaboração do Espiritismo, como também no alerta de João, o Evangelista, que em sua 1ª Epístola, capítulo IV, versículo 1, diz: "Amados, não creiais em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus". Agindo assim, o centro espírita evita o máximo possível a influência de Espíritos zombeteiros e maldosos, que muitas vezes vêem neste contato com os encarnados a oportunidade de tecer comentários mentirosos e doutrinas esdrúxulas. A seriedade de reuniões fechadas os intimida, favorecendo a presença dos Espíritos esclarecidos. Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia (escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada, a mensagem do além. Comunicação de Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses materiais, ao invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual. Há locais em que os médiuns recebem seus "guias" ou "Espíritos protetores", teoricamente responsáveis pelo funcionamento da casa, e orientam os consulentes sobre qualquer tipo de dúvida. Muitas vezes, as respostas dadas por este tipo de Espírito não têm base científica ou doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento, que pode ser limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública, as entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito apegados aos vícios e prazeres materiais. Desenvolvimento cauteloso da mediunidade: a Doutrina Espírita explica que todo ser vivo tem mediunidade, pois é através dela que os encarnados recebem influências boas e más do mundo espiritual, que servirão de ajuda ou aprendizado no decorrer de suas existências terrenas. São chamados de médiuns aqueles capazes de proporcionar a manifestação dos espíritos. O Espiritismo adverte que para poder ampliar esta ligação com o mundo espiritual, é necessário que o médium passe por uma série de preparativos. Anos de estudo, maturidade, modificação moral constante, vida regrada, abstendo-se dos vícios mais grosseiros, como o fumo e a bebida, são algumas das regras básicas para que o indivíduo possa vir a desenvolver sua mediunidade, e estão contidas em "O Livro dos Médiuns" . Os centros espíritas verdadeiros não aconselham a pessoa a trabalhar mediunicamente sem antes passar por este período e preparação citados. Muito menos diz que alguém "precisa" desenvolver a mediunidade. Ninguém é obrigado a nada, afirma a Doutrina. Todos têm seu livre-arbítrio, e mesmo que o ser tenha um canal mediúnico amplo, próprio para o desenvolvimento da mediunidade, e não quiser desenvolvê-lo, não há problema. Tudo o que é forçado é prejudicial ao homem. Desenvolvimento mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente espiritualista lhe afirmarem que sua mediunidade "precisa" ser desenvolvida, caso contrário você sofrerá as conseqüências materiais e espirituais; sua vida será um transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é a sua missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há seitas e religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se mediunicamente e depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas deixarem de "trabalhar". Isto gera angústia, medo e desespero nos envolvidos, que geralmente acabam vítimas de graves obsessões (influência maléfica persistente de um Espírito atrasado sobre outro ser). Cuidado! Não há promessas de curas: o verdadeiro centro espírita não promete a cura para quem o procura. A Doutrina afirma que a cura de uma influência espiritual ou doença material depende de uma série de fatores, entre os quais a modificação moral do enfermo, sua necessidade, seus problemas relacionados com encarnações anteriores e acima de tudo, se há ou não a permissão de Deus para que haja a solução da dificuldade. Muitas vezes, o sofrimento é um período necessário para o ser refletir sobre sua existência, e o único que sabe quando é a hora disso terminar é o Criador.O que o centro espírita faz é um pronto-socorro aos necessitados de amparo e esclarecimento, é de todas as formas possíveis (orações, tratamentos espirituais, passes, orientações morais e materiais) tenta minimizar o sofrimento alheio, rogando a Jesus que se o Pai permitir, que interceda junto ao indivíduo. Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de problemas espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já citados, não é um local espírita. Condicionar uma cura à freqüência exclusiva naquele ambiente, ao pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à "força da casa" não tem base no Espiritismo e foge do bom senso que regula as leis de Deus. Estas, não podem ser modificadas de acordo com nossa vontade. Por isso, prometer algo que não depende apenas de nós mesmos beira a irresponsabilidade e pode levar a pessoa desesperada ao desequilíbrio total ou à descrença em Deus. Passes simples: o passe é um método utilizado dentro dos centros espíritas. Nada mais é do que a simples imposição das mãos de médiuns sobre a fronte de outras pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnéticos e espirituais (energias positivas do próprio médium e de bons Espíritos), no intuito de fortalecer-lhes o corpo e a parte espiritual. Tem duração em média de 30 segundos a 01 minuto. Geralmente, é aplicado dentro de salas específicas, após a palestra, individual ou coletivamente, com o público sentado e o passista de pé. Apenas são feitas orações, em pensamento, pelos médiuns, rogando o amparo de Jesus àqueles que estão recebendo os fluidos. Os passistas não ficam incorporados pelos Espíritos, apenas recebem sua influência mental e fluídica.Importante: nunca há necessidade do passista tocar a pessoa que recebe o passe. Toques, apertos, carícias têm grandes possibilidades de serem mal-interpretados, gerando confusões, e por isso são dispensados no centro espírita. Passes com movimentos: locais em que os passes são aplicados com movimentos bruscos, utilizando objetos, baforadas de cigarro ou charuto, estalando-se os dedos, repetindo mantras e cânticos, tocando várias partes do corpo do receptor não são centros espíritas. Passistas que transmitem os passes incorporados por entidades, fazendo orientações ou conversando normalmente, não são médiuns espíritas. Todo o serviço espiritual é gratuito: o verdadeiro centro espírita não cobra nenhuma orientação ou ajuda espiritual de seu público, nem condiciona o recebimento de curas ou salvação às doações. Dar de graça o que de graça receber, ensinou Jesus, em alusão aos conhecimentos espirituais. Não aceita dinheiro por serviços prestados mediunicamente. Seus dirigentes e trabalhadores têm profissões próprias, que lhes dão o sustento financeiro necessário para suas vidas. Quem sustenta materialmente a casa espírita são seus trabalhadores, através de doações mensais, destinadas ao pagamento de aluguéis, manutenção, divulgação doutrinária e aquisição de alimentos, roupas e demais objetos a serem distribuídos às famílias carentes ou instituições filantrópicas que sejam assistidas pelo grupo. Todo valor arrecadado será exposto em balanços mensais, para que tanto trabalhadores como freqüentadores tenham acesso sobre onde é investido o dinheiro do centro espírita. Caso algum freqüentador da casa queira doar algo ao núcleo, é preferível que a doação seja feita em gêneros alimentícios, roupas, materiais de construção e afins, que poderão ser destinados aos carentes ou mesmo utilizados na manutenção da casa. Se houver por algum motivo uma doação em dinheiro, o centro espírita deverá fornecer um recibo ao doador e inscrever esta doação no balanço mensal do grupo. Cobrança pela ajuda espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é um centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da exploração da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que pedem dinheiro aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de trabalhos espirituais, como a compra de velas, comida, roupas e coisas do gênero. Isso não é Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços espirituais em troca de coisas materiais são entidades atrasadas, que nada de bom podem trazer aos que os procuram. Não podemos comprar a paz de espírito e tranqüilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.