sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Estudo de Mediunidade

PRIMEIRA UNIDADE Considerações Preliminares 1. MEDIUNIDADE E DOUTRINA ESPÍRITA Não devemos confundir Mediunidade com Espiritismo, pois: Mediunidade é uma faculdade humana que serve para a comunicação entre o plano terreno e o espiritual; e Espiritismo é a doutrina revelada pelos bons Espíritos e codificada por Allan Kardec. Está consubstanciada em "O Livro dos Espíritos" e demais obras básicas publicadas pelo Codificador. Observação: Doutrina é um conjunto de princípios ou leis que servem de base a um sistema filosófico, político ou religioso. Sistema é um conjunto de partes coordenadas entre si. Distingamos bem, portanto, o fenômeno mediúnico e a doutrina espírita. Também é preciso distinguir a prática mediúnica espírita e não-espírita, embora toda crença sincera e de bons propósitos seja respeitável. Prática Mediúnica Espírita É a que se orienta e rege pelos princípios da Doutrina Espírita e, portanto: 1) Obedece a padrões de seriedade e bom senso. 2) Desenvolve-se em clima de simplicidade, verdade e amor. 3) Objetiva o progresso espiritual de encarnados e desencarnados. Prática Mediúnica Não-Espírita É a realizada segundo as outras doutrinas, que também reconhecem a imortalidade da alma e a comunicação dos espíritos (e até mesmo a reencarnação), mas geralmente: 1) Prendem-se a exterioridades, tais como símbolos, vestes especiais, imagens, altares. 2) Adotam rituais e cerimônias com cânticos, danças, oferendas, etc. 3) Colocam a mediunidade a serviço do bem-estar material imediato. É uma prática em que há fenômeno mediúnico mas não há Doutrina Espírita. * * * A diferença fundamental entre a prática mediúnica espírita e a não-espírita são os objetivos. Na prática mediúnica espírita busca-se somente benefícios espirituais, os quais se fazem dentro do que as leis divinas permitem e na medida dos méritos ou necessidades de cada criatura. Podem até ocorrer reflexos desses benefícios espirituais nas situações terrenas mas o objetivo primeiro não é esse. Na prática mediúnica não-espírita, é comum buscar-se a pronta solução de problemas materiais, a satisfação de interesses pessoais, egoístas e imediatistas. Às vezes, até mesmo à custa do prejuízo ou sofrimento de outros seres. Há quem procure na prática mediúnica não-espírita o atendimento imediatista (a que a prática mediúnica espírita não se propõe, que não deve mesmo dar). E até poderá parecer que conseguiu, com isso, resolver logo a situação. Mas esse efeito é apenas paliativo, enganoso e, no futuro, talvez lhe acarrete maiores complicações e dificuldades. Porque as leis divinas não podem ser burladas e não será com "artes mágicas", como privilégio ou por barganha que conseguiremos a solução dos problemas humanos. Solução acertada e definitiva para os problemas humanos somente a encontraremos no cumprimento das leis morais da vida: evitar o mal e fazer o bem, para lhe usufruir os bons resultados. Perigos da Prática Mediúnica Mal Orientada Quando falta a boa orientação no trato com os espíritos, expomo-nos a dificuldades e perigos espirituais, tais como: 1) Influência de espíritos maus. Sempre há espíritos ao nosso redor, influindo sobre nós, ostensiva ou ocultamente. O número deles aumenta, quando voluntariamente favorecemos o intercâmbio mediúnico. Se não fazemos isso por motivos elevados e se não temos preparo para bem realizar o intercâmbio, os espíritos atraídos (além de mais numerosos que comumente) serão inferiores ou maus e poderão exercer sobre os participantes da reunião uma ação prejudicial: a) Oculta (através dos pensamentos e dos fluidos). b) Ostensiva (através dos médiuns, mistificando, dando orientação errônea ou má; em casos extremos, podem chegar a agredir fisicamente). 2) Má atuação dos médiuns. Se não esclarecido doutrinariamente e com a mediunidade ainda não educada, o médium poderá: a) Sofrer sugestão (de si mesmo ou por influência do dirigente ou do grupo) e produzir uma falsa manifestação; b) Entrar em transe anímico e dar, inconscientemente, comunicação de seu próprio espírito. c) Fraudar (fingir uma comunicação), com intenção boa ou má. 3) Má atuação dos dirigentes, quando procederem com: a) Ignorância sobre o assunto e, então: - apenas imitam o que viram outros fazerem, sem saber porque; - ou imaginam modos e meios que pensam serem bons mas são inadequados, desnecessários ou , até mesmo, inconvenientes; b) Vaidade e orgulho, querendo dirigir a reunião à sua própria maneira, sem haver estudado o Espiritismo nem atender a orientação alguma de pessoa mais habilitada. c) Má fé e ambição, visando enganar, explorar ou dominar as pessoas. 4) Mau comportamento dos demais participantes. Quando ignorantes ou despreparados doutrinariamente, podem: a) Perturbar o ambiente com movimentação e atitudes impróprias. b) Interferir prejudicialmente na corrente mental e fluídica. c) Atrair maus espíritos e lhes dar "brecha". Vantagens da Boa Prática Mediúnica Não seria melhor desistirmos de praticar a mediunidade já que sua prática é trabalhosa e exposta a tais dificuldades? Não, pois, quando praticada corretamente, a mediunidade é providencial fonte de consolação, ajuda mútua e progresso intelecto-moral, para encarnados e desencarnados. Bem orientada pelo Espiritismo, a prática mediúnica enseja: 1) A comprovação de que o espírito existe, sobrevive ao corpo e conserva no Além a sua individualidade. Esse é o primeiro e geral benefício que o exercício da mediunidade nos traz. 2) Informações quanto ao que acontece na vida espiritual, na continuidade da vida terrena e como decorrência dos atos de cada um. 3) Receber dos bons Espíritos a ajuda de seus ensinamentos e de sua benéfica a ação fluídica. 4) Oportunidade de cooperarmos no socorro e esclarecimento de encarnados e desencarnados. 5) Exercício e educação de nossas faculdades mediúnicas. 6) Ampliação do relacionamento com os desencarnados, nossa grande família universal, e talvez contatar entes queridos já desencarnados, se assim as leis divinas permitirem. 7) Resgatar dívidas espirituais perante a lei divina. O bem que produzirmos com o trabalho mediúnico poderá compensar males que acaso tenhamos causado nesta existência ou em vidas passadas. A orientação espírita para a prática da mediunidade permite-nos usufruir de todos esses benefícios, ensinando-nos a evitar ou superar os naturais percalços do intercâmbio. Bem orientados, nossos serviços mediúnicos se constituem, também, em eficiente difusão do valor e benefícios da Doutrina Espírita. Perguntas: 1) Que é a prática mediúnica espírita e prática mediúnica não-espírita? 2) Cite 3 prejuízos na prática mediúnica mal orientada. 3) Por que não devemos desistir de praticar a mediunidade? Livros consultados: De Allan Kardec: - "O Livro dos Espíritos", Int

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LUZ ESPÍRITA - Espiritismo em Movimento: Política e Espiritismo

LUZ ESPÍRITA - Espiritismo em Movimento: Política e Espiritismo: No ensejo da aproximação de mais uma corrida eleitoral, indicamos a todos o podcast "Política e Espiritismo", de autoria de  Ery Lop...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Cristo Segundo o Espiritismo

Para o homem,Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra.Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do senhor,porque,sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na terra. Quanto aos que,pretendendo instruir o homem na lei de Deus,o têm transviado,ensinando-lhe falsos princípios,isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrestres e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma,comas que regem a vida do corpo.Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.(ALLAN KARDEC-perg.625)

a razão de ser do Espiritismo

A Razão de Ser do Espiritismo Autor: Victor Hugo (espírito) Quando o obscurantismo da fé dominava as mentes, levando-as ao fanatismo desestruturador da dignidade e do comportamento; quando a cultura, enlouquecida pelas suas conquistas no campo da ciência de laboratório, proclamava a desnecessidade de qualquer preocupação com Deus e com a alma, face à fragilidade com que se apresentavam no proscênio do mundo; quando a filosofia divagava pelas múltiplas escolas do pensamento, cada qual mais arrebatadora e irresponsável, inculcando-se como portadora da verdade que liberta o ser humano de todos os atavismos e limitações; quando a arte rompia as ligações com o clássico, o romântico e a beleza convencional, para expressar-se em formulações modernistas, impressionistas, abstracionistas, traduzindo, ora a angústia da sua geração remanescente dos atavismos e limitações do passado, ora a ansiedade por diferentes paradigmas de afirmação da realidade; quando se tornavam necessários diversos comportamentos sociais e políticos para amenizar a desgraça moral e econômica que avassalava a Humanidade; quando a religião perdia o controle sobre as consciências e tentava rearticular-se para prosseguir com os métodos medievais ultramontanos e insuportáveis; quando as luzes e as sombras se alternavam na civilização, surgiu o Espiritismo com a sua razão de ser para promover o homem e a mulher, a vida e a imortalidade, o amor e o bem a níveis dantes jamais alcançados.

domingo, 26 de agosto de 2012