quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A FIGUEIRA SECA

Parábola da Figueira Seca Em Marcos, 11:12 a 14, 20 a 23, temos uma mensagem de Jesus que, quando sentiu fome dirigiu-se a uma figueira e, constatando a inexistência de frutos, disse: “Que ninguém coma fruto de ti”. No outro dia os Apóstolos constataram que a figueira tinha secado e Pedro disse a Jesus: “Mestre, vedes como a figueira que amaldiçoaste tornou-se seca”. Jesus então falou; “Tendes fé em Deus. Eu vos digo, em verdade, que todo aquele que disser a esta montanha: tira-te daí e lança-te ao mar, sem que seu coração hesite, mas acreditando firmemente que tudo aquilo que disser acontecerá, ele o verá de fato acontecer”. Devemos analisar com discernimento os ensinamentos de Jesus, muitas vezes transmitidos por parábolas e mal interpretados ou mal entendidos. Não podemos admitir que Jesus amaldiçoaria uma figueira, simplesmente para mostrar seu poder, pois isso seria totalmente contrário a sua moral de respeito, amor e paz. A figueira seca simboliza pessoas que possuem somente a aparência do bem, que têm a oportunidade de serem úteis e não o são. Ilustra, por exemplo, médiuns capacitados, mas que se desviam de seu objetivo providencial; para esses, a mediunidade serve para coisas fúteis ou prejudiciais, visando aos interesses materiais. Essa parábola também pode ser estendida àqueles que não são coerentes entre o falar e o agir; instituições ou pessoas que apregoam o bem e a caridade, mas ainda são egoístas e não se esforçam para colocar em prática os ensinamentos do Mestre Jesus. Essa estória nos lembra que “a quem muito for dado, muito será exigido”, pois se esperava da figueira frutos, por causa das condições propícias que possuía. Alerta-nos de que aqueles que detém o conhecimento, mas não o fazem produzir frutos, por orgulho ou acomodação, cometem grave equívoco. Também visa nossa reflexão acerca da verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que comove as fibras do coração, enfim, a fé que transporta montanhas, ou seja, que nos fortalece para vencer nossas dificuldades. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec)

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