segunda-feira, 7 de maio de 2012

CRISTIANISMO E REENCARNAÇÃO

Se o Espiritismo denomina-se Cristianismo redivivo como ele é reencarnacionista, se no Evangelho (Bíblia), Jesus não fala de reencarnação? Dividindo o Evangelho em cinco partes: as ações da vida de Jesus; os milagres; as predições; as palavras que serviram para estabelecer os dogmas da Igreja; o ensino moral; somente esta última, o ensino moral, não é motivo de controvérsias e permaneceu inatacável. Baseado nessa parte, Allan Kardec, sob a coordenação dos espíritos superiores, codificou a base moral e religiosa do Espiritismo, ligando-a ao Cristo. Mais tarde, Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, utilizou o termo Cristianismo Redivivo, relacionando os espíritas aos primeiros cristãos, revivendo o Cristianismo primitivo: sem os dogmas, os rituais, os atavismos e as obscuridades que surgiram com o passar dos séculos. A reencarnação está confirmada no Evangelho, como uma leitura mais atenta poderá demonstrar. No Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec analisa diversas passagens que demonstram Jesus se referindo a reencarnação e confirmam que alguns povos da época já tinham o conhecimento desse princípio, ainda que não bem compreendido: Em Mateus XVIII, 10 a 13, quando Jesus falou: "- É verdade que Elias há de vir e reestabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como aprouve. É assim que farão sofrer o filho do Homem". Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. Claramente Jesus afirma que João Batista era Elias reencarnado. Em João III, 1 a 12, nos é relatada uma conversa de Nicodemos com Jesus, onde ele pergunta como poderá nascer de novo, entrando no ventre de sua mãe uma segunda vez. Jesus respondeu: "- O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito", indicando que somente o corpo procede do corpo e o espírito, a alma, é independente desse. E Jesus indagou a Nicodemos como ele, Nicodemos, que era considerado um mestre em Israel, ignorava tal coisa? Na passagem do cego de nascença, quando Jesus foi interrogado pelos seus discípulos por que aquele homem nascera cego e se era culpa dos pais deste ou dele mesmo. Ora, como poderia ser culpa dele mesmo nascer cego, se não fosse por uma prova ou expiação do espírito agora reencarnado, com causa em uma vida anterior? O princípio da reencarnação já era aceito pelos discípulos de Jesus. O princípio da Justiça Divina nos impede de aceitar um Deus vingativo, injusto, a distribuir penas eternas e desigualdades entre os homens. As diferenças sociais, econômicas, morais, evolutivas, são entendidas através da reencarnação, da lei de causa e efeito, como oportunidades de aprimoramento ao espírito imortal e são explicadas por Jesus, em várias passagens do Evangelho.

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